Laboratório da Funtac avança em pesquisa de espécies madeireiras

Laboratório de madeira já fez diversas publicações sobre espécies (Foto: Rayele Oliveira)
Laboratório de madeira já fez diversas publicações sobre espécies (Foto: Rayele Oliveira)

A Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) completou em setembro, 29 anos de existência, reforçando seu compromisso com a inovação científica e tecnológica no estado.

Parte de sua história deve-se à eficiência de seus laboratórios e profissionais, com foco em pesquisas e soluções inovadoras.

O Laboratório de Tecnologia da Madeira, por exemplo, vem avançando no estudo de espécies do Juruá, como forma de contribuição e suporte para o setor madeireiro e moveleiro da região.

De acordo com a engenheira florestal e coordenadora da Divisão de Tecnologia da Madeira, Suelem Pontes, inicialmente foi feita uma listagem de dez espécies.

“O trabalho, que se iniciou em 2013, tem o objetivo de identificar espécies em áreas de manejo que ainda não têm referências na literatura. Assim, com as que temos estudado este ano, já se somam seis espécies, e pretendemos concluir os estudos em 2017. Nosso desafio, enquanto instituição de pesquisa, é futuramente conseguirmos padronizar o nome dessas espécies”, explica Suelem.

Para se chegar às publicações de pesquisas, o processo segue várias etapas, desde a caracterização física e mecânica da madeira ao relatório técnico para a identificação de uso dela.

Um serviço disponível para o setor produtivo

Comunidade pode solicitar serviços do laboratório (Foto: Rayele Oliveira)
Comunidade pode solicitar serviços do laboratório (Foto: Rayele Oliveira)

O que muitas pessoas ainda desconhecem é a disponibilidade dos serviços dos laboratórios da instituição, que podem ser acionados. No caso do laboratório de madeira, poucas demandas ainda chegam do meio externo.

Entre muitos serviços disponíveis, estão a consultoria voltada para serrarias e laminadoras e a análise de qualidade da madeira para estudo de rendimentos.

Segundo a coordenadora, esse trabalho é essencial, inclusive, para quem não tem conhecimento sobre determinadas espécies na hora de uma compra em larga escala para a área de construção civil.

“Há casos em que as pessoas, por conhecerem, compram um tipo de madeira que não é apropriada para o que elas pretendem fazer, e é nisso que nosso trabalho pode ser muito útil”, comenta.

O laboratório também auxilia o desenvolvimento de trabalhos de conclusão acadêmica nas áreas de engenharia florestal, arquitetura e biologia.

A instituição está em processo de aquisição de novos equipamentos para melhorar o atendimento junto a esse público.

Materiais alternativos

Funtac tem protótipos com material alternativo (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Funtac tem protótipos com material alternativo (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Além de espécies madeireiras, a Funtac tem pesquisas relacionadas ao uso de materiais alternativos. No momento, a fibra em maior evidência tem sido o bambu, que vem sendo alvo de experimentos desde 2008.

A aposta promissora da Funtac é de avançar, a partir de 2017, na construção do inventário do bambu nativo. Em 2014, deu-se início ao trabalho de prospecção das áreas em que se registra a presença dele.

“Estamos em fase de contratação da empresa que vai construir esse inventário para acelerar o trabalho. Com a mediação da instituição, a Funtac será o selo de garantia para a empresa que vai subsidiá-lo”, conclui Suelem.

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