O movimento Juruá Solidário voltou a se reorganizar em vista da enchente do Rio Liberdade na semana passada e que desalojou 180 famílias de suas casas situadas à beira do rio. As famílias, além de perderem os alimentos que tinham em casa, ficaram sem móveis e outros pertences, sem falar naqueles que tiveram suas casas arrastadas.
O governo do Estado enviou imediatamente 250 cestas básicas para atendimento emergencial e levou para o local o Programa Saúde Itinerante que até quarta-feira, 3, atendeu os desabrigados. Também o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar deram apoio às operações de socorro aos desalojados.
Mas, como destaca o vereador Valdemir Neto, um dos coordenadores da ação solidária, as cestas garantem o sustento das famílias por uma semana a 12 dias, mas durante meses eles vão sentir a perda de seus bananais e mandiocais e precisam de apoio.
Além de alimentos, a campanha quer arrecadar roupas, colchões, utensílios de cozinha e cobertores. Muitos estão envolvidos na campanha e os donativos podem ser entregues na Câmara de Vereadores, escolas estaduais, secretarias estaduais, prefeitura municipal, 61º BIS, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
O governo do Estado já está fazendo um levantamento dos prejuízos sofridos pelos produtores rurais e, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), vai investir em recompor o que foi perdido. Segundo Valdemir Neto, a produção de farinha na região ribeirinha foi totalmente comprometida. A perda só não foi total porque muitos produtores também fazem plantios de mandioca em terra firme.
Acre Solidário
O movimento Acre Solidário, coordenado pela primeira-dama, Marlúcia Cândida, que procura minimizar os sofrimentos dos atingidos pela alagação em Rio Branco, também voltou seus olhos para a enchente do Rio Liberdade e está recolhendo donativos. Segundo Valdemir Neto, os donativos arrecadados serão trazidos na próxima semana.