Junto com a população, Gladson comemora Revolução Acreana e os 115 anos do bairro 6 de Agosto

Um dia de muita festa naquele que é considerado o mais antigo e tradicional bairro da capital acreana. Há 36 anos, a comunidade da 6 de agosto celebra, ininterruptamente, a fundação do local com uma extensa programação cultural e esportiva.

Seu José Pereira afirma que é difícil segurar a ansiedade quando se aproxima o período da festividade. Pereirinha, como é mais conhecido, é o atual presidente da Associação dos Moradores da 6 de Agosto. Ele conta, todo orgulhoso, do lugar onde viveu praticamente a vida toda.

“O meu bairro é um lugar muito especial porque é aqui que constitui e criei a minha família e ter a oportunidade de ser o presidente da Associação de Moradores aumenta ainda mais a responsabilidade perante as outras pessoas que também moram aqui e esperam da gente um bom trabalho em prol da nossa comunidade”, explicou.

Pereirinha é líder comunitário e um dos mais antigos moradores da 6 de Agosto (Foto: Diego Gurgel/Secom)

As comemorações dos 115 anos do bairro só foram possíveis graças ao apoio do Governo do Estado que cedeu toda a parte de som, palco e cerimonial. A presença do governador Gladson Cameli, que fez questão de estar na festa, abrilhantou ainda mais o evento que foi prestigiado por um bom público.

Para o chefe do Executivo, a data é muito simbólica pois representa a luta de um povo que precisou derramar o próprio sangue para anexar o Acre, de uma vez por todas, ao território brasileiro há 117 anos.

Governador Gladson Cameli parabeniza bairro 6 de Agosto e exalta patriotismo do povo acreano que lutou para ser brasileiro Foto: Diego Gurgel/Secom

“Temos que comemorar o sentimento de patriotismo daqueles que precisaram pegar em armas para tornar o nosso estado parte do Brasil e este é o espírito da nossa gente, um povo aguerrido, que não tem medo de enfrentar os desafios e é neste mesmo sentimento que vamos continuar avançando para que possamos construir um Acre cada vez melhor para as futuras gerações”, ressaltou o governador.

O tradicional desfile cívico contou com a presença da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro, Escoteiros do Brasil, alunos de escolas estaduais do bairro, além da participação motorizada do Acre Jeep Clube.

Tradicional desfile cívico marcou os 115 anos do bairro 6 de Agosto Foto: Diego Gurgel/Secom

Após a cerimônia, houve ainda a inauguração de uma quadra de grama sintética para a comunidade. O campo leva o nome de Jorge Luiz de Souza Rocha, o Dodinha. Uma homenagem ao ilustre morador da 6 de Agosto. O equipamento esportivo é fruto de uma emenda parlamentar do senador Sérgio Petecão.

“Fico muito feliz por estar aqui inaugurando esta quadra no bairro onde nasci, me criei e que tenho uma consideração muito grande porque tenho muitos familiares a amigos neste lugar. Os moradores da 6 de Agosto estão de parabéns e que possamos conseguir muitas outras melhorias para essa comunidade que tanto precisa e merece”, enfatizou.

Campo de grama sintética foi entregue para a comunidade durante as comemorações Foto: Diego Gurgel/Secom

A solenidade contou ainda com a presença do chefe da Casa Civil, José Ribamar Trindade, da prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, do deputado estadual Whendy Lima, do presidente da Câmara de Vereadores de Rio Branco, Antonio Morais, e demais autoridades.

6 de Agosto: o varadouro que virou bairro

A data também marca os 117 anos do início da Revolução Acreana, a revolta popular armada dos habitantes da região que lutaram contra o domínio boliviano e conquistaram que o Acre fizesse parte do Brasil.

A história do bairro 6 de Agosto se confunde com o surgimento da própria capital Rio Branco, por ter sido palco de batalha da Revolução Acreana, em 1902. O bairro surgiu a partir de um varadouro que ligava os seringais Catuaba e Volta da Empreza e por onde circulavam comboios de mulas trazendo e levando borracha e aviamento para as colocações. Por esse varadouro, Plácido de Castro atacou os bolivianos no Igarapé da Judia, em 1902.

Depois do episódio marcante da Revolução Acreana, o varadouro passou a receber o nome de Rua 6 de Agosto, em homenagem ao conflito liderado por Plácido de Castro e nunca mais teve seu nome alterado.

 

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