O Tribunal de Justiça (TJ) do Acre realizou nesta quinta-feira, 31, solenidade de lançamento da Pedra Fundamental do Fórum de Rodrigues Alves. O ato marcou a despedida do desembargador Adair Longuini da presidência do tribunal. Em seu lugar vai assumir o desembargador Roberto Barros, também presente à solenidade. O ato foi prestigiado por autoridades do Judiciário e políticas, entre eles o vice-governador César Messias, o prefeito em exercício de Rodrigues Alves, Jailson Amorim, e o desembargador Arquilau de Castro Melo, que também está deixando o tribunal, por motivo de aposentadoria.
A construção do Fórum de Rodrigues Alves envolve a parceria entre o Poder Judiciário, o governo do Estado, que vai fornecer os recursos para a obra, e a prefeitura, que cedeu o terreno, nas proximidades do Parque Municipal e do Centro de Florestania. Segundo informação do desembargador Longuini, o prédio foi pensado de maneira ampla visando atender as necessidades do município durante muitos anos. De início o espaço vai abrigar uma vara cível, uma vara criminal, um juizado especial cível e um juizado especial criminal.
Até então, todo o serviço do Judiciário em Rodrigues Alves era feito na comarca de Mâncio Lima. A juíza do município, Adamárcia Machado, disse estar muito feliz com a iniciativa da construção do Fórum de Rodrigues Alves. Ela destacou durante a solenidade que, de 1.500 demandas judicializadas em Mâncio Lima, 600 eram provenientes de Rodrigues Alves.
Segundo Longuini, está no planejamento estratégico do TJ instalar todas as comarcas do Acre até 2014. “Temos pela frente Jordão, Santa Rosa, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter para cumprir o nosso planejamento até 2014”, disse.
Conta Longuini que, logo que ficou sabendo que Rodrigues Alves tinha entre 15 a 16 mil habitantes, 700 quilômetros de ramais e que era dependente de Mâncio Lima em assuntos relacionados à Justiça, resolveu priorizar o município. “Falei com o governador do Estado e com o prefeito. Recebemos a doação do terreno e já estamos com processo na Secretaria de Obras Públicas do Estado (Seop), em parceria com o governo. Acredito que nos próximos dias já estará sendo feita a licitação para dar início à obra”, disse.
Experiência enriquecedora
Último dia no exercício da presidência do TJ, Longuini volta para sua atividade jurisdicional, na Primeira Câmara Cível do TJ. Para ele, a experiência de dois anos à frente do TJ foi enriquecedora: “Pude conhecer melhor o Judiciário, andar mais no Estado do Acre e conhecer as dificuldades do interior. Estive em Jordão, em Santa Rosa. Estou deixando também um projeto para essas localidades. Foi um momento na minha carreira de alegria, de realização, de satisfação, porque com todas as dificuldades ainda conseguimos grandes feitos nesses últimos dois anos”.
Longuini destaca em sua gestão a digitalização dos processos, visando acabar com o uso de papel no Poder Judiciário: “São mais de 10 mil processos. Estamos tornando tudo online. Ontem [quarta-feira, 30], inserimos a última vara, que é a 4ª Vara Cível, no sistema eletrônico. Temos 31 varas em Rio Branco, temos as comarcas do interior, as varas de Cruzeiro do Sul, hoje todas em rede e online. É o segundo Estado do Brasil, depois de Sergipe, a conseguir esse êxito. Nós somos invejados lá fora quando falamos nesse estágio de evolução”, ratificou.