Jardineiras têm sucesso em empreendimento

Maria Lourdes e Maria Amélia apresentam viveiro para secretário Henry (Foto: Luciano Pontes/Secom)
Maria Lourdes e Maria Amélia apresentam viveiro para o secretário Henry (Foto: Luciano Pontes/Secom)

“As feiras me tiraram do sufoco”, conta a jardineira Rita Brás. O viveiro no quintal é a fonte de renda e a casa em reforma é o reflexo da dedicação e boa aceitação dos seus produtos. Realidade que é compartilhada pelo grupo “Flores Querubim”.

Viúva há alguns anos, na ausência do marido Rita assumiu o sustento da família. “A casa tava quebrada, chovia dentro e perdi até meus móveis”, relata. Essa foi a maior dificuldade da sua vida, fase que foi superada com o trabalho no viveiro.

As vizinhas Maria Amélia Pereira e Maria Lourdes Ferreira participam do grupo e trabalham juntas. Amélia começou o cultivo há pouco tempo, por isso Lourdes a ajuda há três meses. “Estou dando uma força e o pouco que tenho dividi em mudas. Quanto mais ajudo, mais minhas plantas aumentam. Parece que nunca tirei nada”, conta.

Atraída pelo retorno financeiro, Amélia conta que a atividade é ideal para ela, porque é desenvolvida em casa e lhe permite cuidar dos netos e da sua mãe, sem descuidar da casa. Sobre o seu jardim, conta: “Eu sou filha de seringueiro, gosto da terra. E eu sorrio quando uma planta floresce ou quando dá frutos, é uma felicidade que me dá paz”.

A intimidade com as plantas também é a terapia de Lourdes. “Todo mundo gosta de carinho e as plantas também, por isso eu converso com elas, trato como minhas filhinhas”, diz. A produção de Lourdes é diferenciada porque se transforma em arranjos.

O cultivo é diferenciado, porque em cada edição há uma procura diferente (Foto: Luciano Pontes/Secom)
O cultivo é diferenciado, porque em cada edição há uma procura diferente (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Além das flores, gosta de vender frutos. Assim, nas feiras seus clientes podem encontrar desde pés de jabuticaba até pimenta-do-reino, pariri, arruda, alecrim e hortelã. “Cresci na roça e aprendi com minha mãe a ter horta. Mesmo antes de vender, sempre gostei de ter planta em casa”, revela.

O grupo, ainda informal, tem espaço garantido em feiras de economia solidária e tem o apoio da Secretaria de Pequenos Negócios, com assistência e transporte para eventos. O secretário Henry Nogueira conta: “A nossa prioridade é trabalhar junto e, conhecendo de perto a dedicação dessas senhoras, entendi ainda mais a importância das políticas públicas que executamos”.