Japão – a terra do sol nascente

Cerimônia de abertura do centenário da imigração japonesa celebra as relações bilaterais entre Brasil e o Japão

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Walquíria e Suena agradeceram o carinho do povo acreano com os japoneses (Foto: Sérgio Vale/Secom)

No dia em que se comemorou os cem anos da chegada ao Brasil do navio Kasato Maru, com 165 famílias de imigrantes japoneses, 18 de junho de 1908, diversas capitais do país celebraram a passagem de um século do processo de imigração que gerou bons frutos à cultura e economia brasileira.

No Acre, a abertura da programação do centenário aconteceu nesta quarta-feira, 18, na Biblioteca da Floresta Marina Silva com a presença de  descendentes de japoneses (nikkeis), das várias famílias que aqui aportaram a partir de 1920, como os Furuno, os Hamaguchi e Nishizawa, estudantes, autoridades e convidados, que lotaram o auditório do espaço. Foi exibida uma matéria jornalística produzida pela TV Aldeia, narrada pelo repórter Andryo Amaral, com enfoque nos antepassados das famílias.  Depois os presentes prestigiaram exposição de ikebana, bonsai e origami.

Melany Takashima, que é membro da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa abriu o evento falando da importância da celebração aos antepassados japoneses e seus descendentes.

"Essa homenagem é respeitosa aos nossos antepassados, que enfrentaram problemas diversos de adaptação e foram alvos de preconceito racial, até a integração final aos costumes brasileiros. O que mais nos honra após cem anos da chegada do Kasato Maru é que os brasileiros, com o tempo, reconheceram o valor dos japoneses, a sua dedicação ao trabalho e o respeito que eles devotam aos seus semelhantes", disse.

Daniel Zen, presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, saudou os presentes em nome do Governo do Estado do Acre e falou da diversidade cultural que o Acre possui representado por figuras importantes da formação do Estado, como os imigrantes. "Para o Governo do Acre, para o Estado, é um orgulho muito grande homenagear os cem anos da imigração japonesa. O Acre é um verdadeiro caldeirão cultural, e boa parte dos que integram esse caldeirão são provenientes dessa diversidade de locais."

Estreitando relações – Na cerimônia foi lida uma carta enviada pelo Cônsul Geral do Japão, Susumu Segawa, que saudou oSusumu Segawa, que saudou cÇarta enviada pelo cÇorar 50 anos da imigraç constitui esse mosaico tra amar esse lugarfiguras pr Ano do Intercâmbio Japão-Brasil e do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.  Entre os convidados estavam Walkiria e Suena Furuno, filhas de Isao Furuno, um dos primeiros imigrantes pioneiros que aportaram no Acre.

"Estou muito feliz só tenho que agradecer o nosso Brasil, o nosso Estado do Acre. Amo ser acreana. Comemorar a história de nossos antepassados é uma honra para nós, viva o Brasil e o Acre", falou dona Walquiria, 75 anos emocionada com a homenagem. Ela que é mãe de oito filhos, funcionária pública aposentada da Maternidade Bárbara Heliodora, lembrou a história de pioneirismo do pai Isao Furuno.

A programação de comemoração do centenário da imigração japonesa continua até o dia 23 deste mês. Nesta quinta-feira, o Governo do Estado do Acre homenageia os patriarcas das três primeiras famílias japonesas a se instalarem no Estado, os Furuno, os Hamaguchi e Nishizawa, com solenidade, às 19 horas, no Salão Dom Pedro do Palácio Rio Branco. Em seguida acontece a apresentação musical sob a regência do maestro Mário Brasil e a homenagem da Prefeitura de Rio Branco ao médico Tetsuo Kawada, finalizando com um coquetel aos convidados.

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