O Programa Saúde Itinerante teve mais um fim de semana produtivo, atendendo mais de 300 pacientes do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) do Vale do Juruá. Os atendimentos ocorreram no Hospital da Criança e da Mulher em Cruzeiro do Sul, abrangendo ainda os municípios de Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Marechal Thaumaturgo. Foram realizadas consultas em sete especialidades: ginecologia, neurologia, cardiologia, dermatologia, clínica médica, hematologia e psiquiatria. Devido à grande demanda, três médicos atenderam na especialidade de ginecologia. Também foram realizados exames de endoscopia, ultrassonografia, eletrocardiograma e exames laboratoriais.
Segundo a coordenadora do TFD, Ediná Monteiro, o Vale do Juruá tinha 470 pacientes na fila, e a expectativa era diminuir esse número. Ela explica que, além da economia para os cofres do Estado, o deslocamento da equipe médica para as regiões de atendimento simplifica o processo e torna mais confortável a vida do paciente. “O governador frisa sempre o bem-estar do paciente. Se ele tiver que se deslocar e não tiver uma casa de familiar, vai para uma casa de apoio. Por mais que nossos pacientes sejam bem atendidos na casa de apoio, eles não têm a força da família ao lado, no dia-a-dia.”
Muitas atividades
No fim de semana passado houve em Cruzeiro do Sul atendimento para pacientes com lábio leporino, ocasião em que dois cirurgiões plásticos realizaram sete cirurgias e 40 atendimentos. Nesta segunda-feira, 16, começa um mutirão em Rio Branco de cirurgias de alta complexidade, com profissionais do Instituto de Traumato-Ortopedia (INTO), inclusive com pacientes do Vale do Juruá. Nos dias 20 e 21, o mutirão do Itinerante vai ser em Porto Walter, também para atender a demanda reprimida do TFD e as demandas espontâneas nas especialidades de clínica geral, pediatria, ginecologia, infectologia, gastroenterologia e cardiologia.
Pacientes apoiam iniciativa
A esteticista Marizete Silva ficou muito contente com a chegada do Itinerante. “Isso para mim caiu do céu porque há muito tempo estou tentando viajar com o Francisco”, disse. Os médicos haviam aconselhado Marizete a procurar uma geneticista para os problemas
apresentados por seu pequeno filho. Marizete comenta ainda que o menino precisa fazer cirurgia do pé, cujo procedimento custa mais que R$ 30 mil, o que ela não teria condições de pagar. “Para mim foi muito bom e acredito que todas as pessoas que estão aqui estão felizes de ter seu atendimento próximo de casa”, disse.
Maria Araújo já teve que viajar a Rio Branco para fazer uma ressonância magnética, quando foi constatado que tinha uma lesão no joelho. Sabedora de que vai poder fazer o tratamento em Cruzeiro do Sul, ela se alegrou: “O tratamento aqui é bem melhor que em Rio Branco, porque não tem necessidade de sair de minha casa. Aqui a gente é muito bem atendida, eu gostei e espero que esse serviço continue para os que estão esperando”.
Vidal Ferreira dos Santos esteve em tratamento de 2005 a 2008, e nesse período viajou para Porto Velho e Goiânia. Em 2010, iniciou novo tratamento, mas dessa vez dentro do Estado. Finalmente agora recebeu alta definitiva. De suas experiências ele garante que é muito melhor ficar perto dos familiares na hora da doença, além de as despesas serem menores.