ISE reduz em 50% o número de adolescentes em Liberdade Assistida no período de um ano

Atividade com adolescentes em LA realizada em agosto de 2012, na Escola Estadual Henrique Lima (Foto: Assessoria ISE)

Atividade com adolescentes em LA realizada em agosto de 2012, na Escola Estadual Henrique Lima (Foto: Assessoria ISE)

Um levantamento realizado pelo Instituto Socioeducativo do Acre, por meio da Divisão de Meio Aberto (DMA), revela que o número de adolescentes na Liberdade Assistida (LA) reduziu em 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2012, a média foi de 602 socioeducandos. Em alguns meses, o programa chegou a atender mais de 700 adolescentes. Hoje esse número caiu para 375.

Na tabela abaixo é possível perceber um aumento do número de adolescentes em LA nos anos de 2005 a 2012. De acordo com a assistente social da DMA, Sandra Amorim, isso se deve ao aumento populacional, à expansão dos bairros periféricos e à influência direta do consumo e do tráfico de drogas.

Para que a redução fosse possível, a equipe técnica do ISE, formada por assistentes sociais, educadores sociais, psicólogos e estagiários dessas áreas, precisou se unir à assessoria jurídica do instituto. Juntos, fizeram o fluxo das medidas socioeducativas funcionar, ou seja, o adolescente não fica mais do que o estabelecido por lei na LA.

Para o presidente do ISE, Henrique Corinto, a redução é o resultado de um trabalho em equipe, que respeita todos os direitos do socioeducando, mas também os responsabiliza pelos atos cometidos. “Hoje, só estão cumprindo liberdade assistida os adolescentes que realmente precisam de um acompanhamento sistemático”, afirma.

A assistente social Sandra Amorim aponta também que todos os adolescentes que saíram das medidas nessa ação da equipe estavam envolvidos com pequenas infrações, que, segundo ela, não deviam ser resolvidas com a liberdade assistida.

“Antes acontecia de qualquer briga de escola se tornar motivo para um jovem receber medida socioeducativa. Agora podemos trabalhar as especificidades de cada um desses adolescentes”, explica Sanda Amorim.

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