Instituto propõe debate para que prédios do centro histórico de Rio Branco sejam tombados nacionalmente
A Superintendência do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Acre (Iphan) realiza nos dias 5, 6 e 7 de julho o Seminário: Patrimônio, Cultura e Cidade. A proposta do encontro é subsidiar o processo de discussão entre instituições e sociedade civil sobre os estudos para instrução do processo de tombamento nacional da área central de Rio Branco.
De acordo com o superintendente do Iphan no Acre, Deyvesson Israel Alves Gusmão, os resultados do debate serão apresentados ao Governo Federal. A ação se propõe a reconhecer os atributos como Patrimônio Cultural nacional de parte da cidade de Rio Branco, por meio do Iphan e, por conseguinte, da canalização de planos e ações específicas que garantam a qualidade do acervo a ser tombado e a manutenção das suas características, que motivaram a proteção.
Desde o final de 2010 o Iphan iniciou o estudo sobre o tombamento em nível federal do Centro Histórico da capital acreana. Já foi iniciado um trabalho de articulação interinstitucional, com discussões para ações de registro do patrimônio imaterial, a cultura dos riobranquenses, e de tombamento do patrimônio material, além de ações de gestão necessárias a cada um desses bens.
Com esta ação os prédios com valor histórico para a população acreana, como o Casarão e Palácio Rio Branco ficarão protegidos contra a ação do tempo, uma garantia de que a memória dos acreanos não se apague.
“Nossa ideia é envolver várias instituições e a sociedade cível em torno da discussão sobre a valorização da memória do povo do Acre. E também debater a relação entre a gestão urbana e as políticas de patrimônio cultural”.
O seminário será realizado no auditório do Palácio da Justiça das 8h30 às 18 horas. E contará com a presença de representantes do corpo técnico do Iphan no Acre, do Iphan em Brasília por meio do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam), da Coordenação de Educação Patrimonial do Departamento de Articulação e Fomento (Ceduc/Daf).
Na programação o relato da experiência do processo de tombamento da cidade paulista Iguape e uma palestra com a participação de uma pesquisadora sobre Arquitetura e Urbanismo no Estado do Acre, além de representantes da Prefeitura Municipal de Rio Branco, para contribuir, com suas explanações, nos estudos sobre os tombamentos já iniciados pela Superintendência Estadual do Acre.
Além das palestras, está prevista a formação de três grupos de trabalhos para a discussão e produção em temas específicos: Educação Patrimonial; Valores Patrimoniais da cidade de Rio Branco; e Processo Participativo em Estudos para a Proteção de Centros Históricos.
“O intuito deste primeiro momento de discussão aberta é de tornar público o processo iniciado pelo Iphan no Acre e inserir agentes das diversas naturezas e forças contributivas para a continuidade dos Estudos para a Proteção da área central histórica de Rio Branco”, concluiu o superintendente.