Investimentos na saúde qualificam e humanizam atendimento

Em pouco tempo, governo fortalece a estrutura e dá novo ritmo ao atendimento da saúde

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Hospital das Clínicas é o espelho do padrão de qualidade no acolhimento (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Há apenas sessenta dias no governo, nova gestão investiu no fortalecimento dos serviços, estrutura e contratação de profissionais da saúde para ampliar o acesso e humanizar o atendimento, a grande bandeira levantada pelo governador Tião Viana já no dia de sua posse.

Esses investimentos, que chegaram a quase R$ 700 mil só em janeiro, foram aplicados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), Hospital das Clínicas (HC), Hospital da Criança e hospitais do interior, que tiveram um reforço inicial, e dentro da meta dos 120 dias de avaliação, alguns projetos ainda devem ser realizados.

No Huerb, por exemplo, havia quatro leitos de semi-intensivo e agora há oito, e os de dor torácica, que antes eram dois, aumentaram para cinco. O HC ganhou oito leitos de semi-intensivo e mais 42 para as clínicas de oncologia e infectologia.

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{xtypo_quote}Essa história está sendo construída há doze anos.{/xtypo_quote}

Suely Melo, Secretária de Estado de Saúde

“Do ponto de vista de assistência, já melhorou muito porque destacamos médicos que têm especialização em clínica médica para atuarem em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro de Terapia Intensiva (CTI) e nas Unidades de Pronto Atendimento, onde, segundo o padrão, havia dois pediatras e três clínicos. Acabamos com esse padrão e aumentamos esse efetivo para três pediatras e quatro clínicos. Na emergência traumática das UPAs, havia um médico e colocamos mais um”, diz a diretora de assistência à saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Celene Maria Maia.

Ainda dentro do plano de 120 dias, um dos objetivos é que o Hospital das Clínicas realize 300 cirurgias no mutirão dos fins de semana. Destas, foram realizadas 139 porque tiveram que atender outras demandas emergenciais, mas continuam realizando para concluir o programado.

Humanizar é a palavra de ordem do governo, e o atendimento é um dos fatores fundamentais para que isso aconteça, por isso mais pessoas foram contratadas para o acolhimento do paciente nos hospitais e unidades de pronto atendimento.

É no acolhimento que o profissional identifica o problema do paciente e o encaminha para a especialidade correta, dando assim uma resposta mais rápida. A Secretária de Estado de Saúde pretende ainda implantar o acolhimento com classificação de risco de acordo com o perfil de cada unidade de saúde.

“O paciente tem que ter uma resposta adequada a sua necessidade. Esse é o foco da humanização. O profissional precisa ouvir o paciente e responder às suas necessidades de saúde porque o problema dele pode ser de várias naturezas e precisar de vários especialistas diferentes e, se for o caso, a assistência social encaminha para outros órgãos”, diz Celene.

O novo governo entrou no meio de uma epidemia de dengue na capital e no primeiro dia de sua gestão, em parceria com a prefeitura, o governador Tião Viana decretou guerra contra o mosquito. Foi investido cerca de R$ 1,2 milhão por mês para o combate, e os resultados já vêm sendo observados com a redução nos casos notificados em Rio Branco. Da primeira semana de janeiro até a última de fevereiro, essa redução foi de 43,9%.

Investimentos no interior

Seguindo os passos da capital, no interior do Estado já foram disponibilizados mais médicos para Vila Campina, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus.

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Em Cruzeiro do Sul, o Hospital do Juruá resolveu o problema de isolamento da população (Foto: Arquivo/Secom)

 “O governador já autorizou a contratação de novos médicos. O problema é que muitos não querem ir para o interior, mesmo recebendo adicional para isso”, ressalta Celene. Em sua primeira viagem oficial ao Vale do Juruá, o governador Tião Viana assinou a ordem de serviço para construção da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruzeiro do Sul. O Hospital Ary Rodrigues, em Senador Guiomard, funcionará como extensão do Hospital das Clínicas, antiga Fundação Hospital, e será referência no atendimento de média e baixa complexidades para todos os municípios da região do Alto Acre.

Sena Madureira

Com relação à matéria divulgada recentemente em um site de notícias local, sobre o transporte de uma idosa na carroceria de uma caminhonete, a diretora-geral interina do Hospital João Câncio Fernandes, Antônia Gadelha Vasconcelos, informou que as duas ambulâncias, tanto a do Samu quanto a do Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais), estavam em manutenção e que, nesse caso, a funcionária do Samu que acompanhou a PM na remoção, deveria ter acionado uma ambulância do Iapen ou do Corpo de Bombeiros, já que eles trabalham em parceria, o que ela não fez, bem como utilizado os equipamentos de transporte “maca fixa” existentes na unidade.

“Faltou habilidade por parte da funcionária, mas a paciente foi atendida e conduzida para Rio Branco e passa bem. Ela precisava ser removida em maca rígida e foi feita a remoção com rapidez por se tratar de uma idosa e por não saberem da condição dela até aquele momento. Foi um improviso, mas foi um resgate louvável, até porque ela estava acompanhada por um profissional da PM e um do Samu. Esse foi um fato isolado e não tem relação com os quatro médicos disponíveis. Tivemos uma reunião com o Conselho Gestor e a secretária Suely Melo e estamos ajustando as contratações já autorizadas pelo governador Tião Viana. Enquanto isso, todos os fins de semana vêm mais dois médicos de Rio Branco para dar plantão aqui”, esclarece Antônia Gadelha.

Por outro lado, a coordenadora do Samu em Rio Branco, Lúcia Carlos, diz que as viaturas do Samu não entram em local de difícil acesso – caso da senhora Luíza Rodrigues, que estava em um lugar íngreme – e muitas vezes as pessoas são transportadas em outros veículos, porém sempre com o acompanhamento de um funcionário do Samu quando este é acionado. Ela informa ainda que a portaria 2048 do Ministério da Saúde preconiza uma ambulância do Samu para cada 100 mil habitantes e que, portanto, Sena Madureira está dentro desse padrão.

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