A marca de um Estado que cresce com sustentabilidade se reflete no seu maior evento de agronegócios e entretenimento. Este ano, o governo do Estado do Acre realiza o primeiro inventário de emissão de gases de efeito estufa da Expoacre. O estudo está sendo feito pelo Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e com a Universidade Federal do Acre (Ufac).
Inventários de grandes eventos contribuem para a construção do inventário estadual, como o que foi lançado este ano, e do nacional.
A equipe responsável pela pesquisa ganhou mais experiência com um trabalho similar realizado durante a programação do Mês do Meio Ambiente na exposição “Acre no Caminho da Sustentabilidade”, e agora enfrenta o desafio de mensurar mais de uma dezena de atividades que serão desenvolvidas no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, entre os dias 21 e 29 deste mês.
Serão mensuradas as emissões de gases de alguns setores da feira, como o consumo de energia elétrica, refrigeração, uso de gás de cozinha, transporte terrestre e aéreo, efluentes, resíduos sólidos e construção de estruturas físicas. Os empreendedores e expositores da feira colaborarão disponibilizando as informações para a equipe de campo.
São conhecidos como Gases de Efeito Estufa o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbono (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF6).
O somatório dos gases verificados pelo inventário da Expoacre 2012 poderão ser compensados de duas formas: uma com a manutenção das árvores que já existem no parque, em uma área conhecida como “fazendinha”, e também através do plantio de novas mudas no projeto “Só Acre”, realizado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) na bacia do Rio Acre. A taxa de absorção de carbono pelas árvores na região amazônica varia de 1,2 tonelada de carbono por hectare em um ano (tC.ha-1.ano-1) a 5,2. De acordo com estudos realizados, para neutralizar uma tonelada de carbono equivalente são necessárias em média cinco árvores.
Existem poucos exemplos nacionais de inventário de gases de efeito estufa de eventos, como shows e corridas em São Paulo e no Rio de Janeiro, e como a Semana do Fazendeiro, realizada pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Essa iniciativa mostra que a sustentabilidade não é apenas uma aspiração de futuro, mas uma determinação de Estado, sólida e atual.