Instituto Dom Moacyr oferta cursos de formação profissional em Terras Indígenas

Os cursos são executados por meio do ProAcre

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Projeto quer com a qualificação profissional de Kaxinawas e Shanenawas, valorizar as populações indígenas, visando o empoderamento dessas comunidades através das organizações e associações (Foto: Assessoria/IDM)

O Instituto Dom Moacyr, neste período de novembro e dezembro, vem executando cursos de Formação Inicial e Continuada (cursos de curta duração) em Terras Indígenas no interior do estado, no âmbito do PROACRE, sob a responsabilidade da Escola da Floresta Roberval Cardoso.

O primeiro foi o de Gestão Cooperativista, que aconteceu no período de 16 a 26 de novembro na Terra Indígena Rio Gregório – Aldeia Mutum, no município de Tarauacá. No curso, os educandos – 26 Yawanawás e 4 Katukinas – desenvolveram competências acerca da formação e funcionamento de cooperativas e associações, elaboração e interpretação do Estatuto Social de Associações e Cooperativas, direitos e deveres dos cooperados, desenvolvimento de lideranças, gestão financeira, elaboração de organização de documentos oficiais, dentre outras.

Já a partir dessa terça-feira, 30, teve início o curso de qualificação profissional em Gerenciamento Organizacional, na Terra Indígena Katukina/Kaxinawá – Aldeia Morada Nova, no município de Feijó, para 15 indígenas Shanenawas e 15 Kaxinawás. Dentre os principais objetivos estão, por meio da qualificação profissional, valorizar as populações indígenas, visando o empoderamento dessas comunidades através das organizações e associações.

Para a execução dos cursos, o IDM e a Escola da Floresta contam com a parceria da Secretaria de Estado de Extensão Agroextrativista e Produção Familiar – SEAPROF, Assessoria Especial dos Povos Indígenas, Associação Sócio Cultural Yawanawá (ASCY), Cooperativa Yawanawá (COOPYWA), Organização de Mulheres Indígenas do Acre Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia (SITOAKORE) e Organização dos Povos Indígenas do Rio Envira (OPIRE).

Segundo o gerente de projetos de educação profissional para o Setor Público e Povos Indígenas do IDM, Gerlande Sales, levar os cursos de formação profissional até as aldeias, "em primeiro lugar, revela o esforço da instituição para contemplar exatamente a real necessidade de formação desse público tão diferente daqueles que podem ser atendido nas nossas escolas".

Gerlande conta que na primeira experiência de formação de gestores indígenas, realizada na Escola da Floresta, em 2007 e 2008, verificou-se que, quando realizadas nas próprias comunidades, as atividades de formação produzem impactos muito maiores porque "vivenciamos junto com os educandos o ambiente a ser alterado com as novas práticas".

"Em segundo lugar, relata o gerente, a difícil tarefa de levar a educação profissional para o interior das aldeias indígenas mais distantes, como a Aldeia Mutum em Tarauacá, significa que estamos conseguindo romper os obstáculos para atender quem realmente precisa e que tem sido penalizado com a concentração dos serviços públicos nas áreas urbanas. Isso é um resultado do paradigma adotado pelo Governador Binho Marques de posicionar melhor o poder do Estado para enxergar e atender a todos os acreanos", finaliza.

 

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