O Instituto de Mudança Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC) realiza, nesta semana, oficina em Cruzeiro do Sul para tornar transparente o que é o Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (Sisa). Instituído há cinco anos, o Sisa busca a valorização econômica da preservação do meio ambiente por meio de incentivo a atividades sustentáveis.
A oficina, realizada de terça-feira, 17, até quinta, é executada pela organização não governamental SOS Amazônia e tem como participantes a Associação dos Seringueiros e Agroextrativistas da Bacia do Rio Croa e Alto Alagoinha (Asaebrical), a Cooper Biscoitos, a Cooperativa de Piscicultores do Vale do Juruá (Cooperpeixes), a Central de Cooperativas do Juruá, a Cooper Sul, a Associação PAF Avaí, a Associação Agrícola Nova Cintra (A Muralha) e a Cooperativa Nova Cintra.
Segundo a diretora-presidente do IMC, Magaly Medeiros, a oficina é realizada em todas as regionais do Acre e objetiva nivelar as informações sobre o Sisa e desenvolver as capacidades das organizações beneficiárias desse sistema, que são as populações tradicionais, extrativistas, agricultores e criadores de peixe, para que eles entendam o que está acontecendo no mundo em relação às mudanças climáticas.
“A forma como incentivamos os serviços ambientais se dá por meio de convênios com cooperativas e associações para que possam desenvolver atividades com baixa emissão de carbono, que são aquelas atividades mais sustentáveis e com boas práticas”, explicou.
No estado já foram assinados 98 convênios, 30 delas na regional do Juruá, com organizações que recebem benefícios do SISA. O banco alemão KfW financia as atividades do Sisa e paga pela quantidade de carbono que o Acre deixa de emitir no planeta, valorizando o desenvolvimento sustentável e beneficiando a população agroflorestal do estado.
Acre tem história
Ayri Rando, consultor técnico da SOS Amazônia para o convênio com o Sisa, conta que o objetivo é fortalecer as capacidades dos diversos atores dessa política pública que são os produtores rurais e agroextrativistas.
“O Acre tem uma história de política de desenvolvimento florestal e de movimentos sociais para a proteção da natureza. No mundo se percebe uma grande perda da biodiversidade e perda de serviços ambientais, então, o Sisa é uma resposta do Acre para combater esse problema”, ressaltou.