Instituições se reúnem para traçar estratégias de combate à violência contra a mulher

SEPMulheres apresenta a necessidade de juntar forças e fala sobre a Rede de Serviços Reviva

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Encontro discutiu estratégias para o combate à violência doméstica (Assessoria SEPMulheres)

A reunião foi realizada na manhã desta terça-feira, 1, no auditório da 5ª Regional de Rio Branco. Estiveram presentes representantes de várias instituições, entre elas a Casa Rosa Mulher, FEM, Secretaria Municipal de Assistência Social, secretarias de Estado de Segurança Pública e de Políticas para as Mulheres, além da Delegacia da Mulher, Promotoria de Enfrentamento à Violência Doméstica e o vereador Gabriel Forneck.

A delegada que coordena a 5ª regional, Lúcia Jaccoud, fez um levantamento das 20 mulheres que estão em situação de medidas protetivas. "Na 5ª regional houve um aumento nos casos de violência contra a mulher. São vários os fatores que fazem do homem um agressor. Queremos chegar a essas famílias, vamos trabalhar nelas para que possamos avaliar mais profundamente o que pode ser feito", disse.

Será feito um estudo da situação processual e notificadas as vítimas e agressores pela promotoria de enfrentamento à violência contra a mulher. "Assim nós poderemos verificar como anda o processo de cada um e se realmente há um processo em andamento", comentou a promotora Marcela Osório.

Segundo a diretora de Gestão Estratégica da Secretaria de Segurança Pública, Antônia Beth, é importante fazer com as mulheres saibam a quem recorrer. "Não podemos esperar que, após dez anos da primeira agressão, a mulher denuncie. A violência, infelizmente, aumenta dentro de casa e fica difícil se não conseguirmos tratar dessa situação no início, e por isso estamos aqui. Não é natural creditar a violência contra mulher como algo cultural. E nós vamos nos unir para tentar mudar isso", disse a diretora.

O vereador Gabriel Forneck sugeriu a possibilidade de propor uma lei municipal que utilize 5% da mão-de-obra de mulheres e homens no contexto de violência nas obras contratadas dos municípios. "Temos que fortalecer essa mulher que é agredida, dar trabalho, dar oportunidade social para que não se tornem reféns de seus companheiros. E a participação do parlamento é importante tanto para construir propostas quanto para punir", disse o vereador.

"É claro que, infelizmente, as vítimas são muito mais que essas 20 mulheres e os agressores vão além desses 20 homens. Mas o objetivo principal aqui é mostrar para essas famílias que elas não estão sozinhas, mostrar que existe toda uma Rede com profissionais qualificados que podem ajudar, dar apoio, mostrar um novo caminho. Essas 40 pessoas levantadas pela delegada Lúcia serão nosso ponto de partida", enfatizou a coordenadora de Direitos Humanos da secretaria de Políticas para as Mulheres, Joelda Pais.

Sobre a Reviva

É uma Rede de Cuidados para o Enfrentamento da Violência contra a Mulher de Rio Branco. E está assim estruturada.
 
Caso a mulher sofra qualquer tipo de violência, é importante procurar em um primeiro momento a Delegacia da Mulher, na Via Chico Mendes, a 13ª promotoria de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher, no Parque da Maternidade, e a Casa Rosa Mulher, próximo à rodoviária de Rio Branco. Existe ainda o disque-denúncia, que atende pelo número 180.

 

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