Inspirada pela mostra Viver Ciência, escola realiza produções audiovisuais

Comunidade assiste aos vídeos produzidos pelos alunos (Foto: Mágila Campos/SEE)
Comunidade assiste aos vídeos produzidos pelos alunos (Foto: Mágila Campos/SEE)

Depois de vencer o concurso de curta metragem na mostra Viver Ciência 2016, promovida pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) a Escola Estadual Rural Ena de Oliveira, de Rio Branco, resolveu adotar a ideia e levar a iniciativa para a comunidade.

Por isso promoveu o projeto Viver Ciência na Escola, com o tema Educação e Desenvolvimento Intelectual, visando expandir as atividades científicas e tecnológicas e aprimorar as produções audiovisuais dos estudantes.

A ação surtiu efeito e, para encerrar o projeto, iniciado em setembro, foi realizado um concurso de vídeo na última segunda-feira, 24, com produções de cunho ambiental, social e cultural.

As criações foram apresentadas na escola para pais, alunos, professores e equipe do Núcleo de Tecnologias Educacionais, da Secretaria de Estadual de Educação e Esporte (SEE), que votaram nos melhores trabalhos.

De acordo com a professora responsável pelo projeto, Helena Milhomens, o destaque dos estudantes durante a última edição da Mostra de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação da SEE, serviu de inspiração para o projeto.

“Nossos alunos são criativos e têm grandes habilidades.  Na Viver Ciência deste ano conseguiram ficar à frente de escolas urbanas e rurais com estrutura muito maior que a nossa. A ideia de trazer essa ação para cá foi valorizar e apoiar o crescimento e a criatividade deles”, destaca a professora.

Vencedores regionais

A educadora se refere a tecnologias avançadas de que a escola não dispõe devido à localização, já que fica na zona rural da capital, no Assentamento Moreno Maia. E, apesar disso, durante o maior evento de iniciação científica e tecnológica das escolas públicas do Acre, o vídeo dos alunos sobre o aspesor (borrifador) caseiro, sistema criado para irrigação de hortas, ficou em 1º lugar.

Edição interna

Toda a comunidade escolar foi movimentada (Foto: Mágila Campos/SEE)
Toda a comunidade escolar foi movimentada (Foto: Mágila Campos/SEE)

A vitória ampliou os horizontes dos alunos e a competição interna reuniu produções do fundamental ao médio, que se arriscaram a produzir vídeos com diferentes abordagens.

Daiany Souza, Marcos Araújo e Michel Freitas produziram um VT sobre o  Movimento da Dança, para mostrar os diferentes estilos musicais e sua importância para a cultura brasileira. A produção foi escolhida na categoria Ensino Médio.

“Estamos felizes, foi muito difícil ensaiar e filmar porque moramos longe um do outro e tivemos poucas vezes para nos preparar, mesmo assim vencemos. Isso é a prova de que podemos superar as dificuldades se contarmos com o apoio da escola”, conta emocionada Daiany.

Ambiental

Na categoria Ensino Fundamental I, o curta vencedor trazia a temática do reflorestamento como estratégia de reposição da cobertura florestal em áreas desmatadas.

Do fundamental II, os alunos do 7º ano foram os vencedores, com um documentário sobre os animais em extinção e a importância de cuidar da fauna e da flora brasileira.

Ideias ecológicas

Segundo o coordenador de ensino da instituição, Francelino Rocha, as produções dos estudantes sempre trazem a temática ambiental como pano de fundo e citou o exemplo da jangada alternativa criada pelos alunos do 1º ano do ensino médio.

“O trabalho deles não foi o escolhido, mas chama a atenção por ser uma ideia ecológica, econômica e social, que se aprimorada poderia ser uma alternativa que beneficiaria os ribeirinhos”, explica.

O estudante Kawã Oliveira, um dos executores da jangada, explica como surgiu a ideia: “Queríamos criar um meio de transporte alternativo que não precisasse de combustível e que pudesse ser feito da floresta. Daí surgiu a ideia de usar bambu, garrafas pets e enviras, que temos aqui e são de baixo custo, porque aqui tem muita gente que não tem condições de comprar um barco e isso ajudaria na  travessia do rio”, explica.

A Escola Ena de Oliveira atende cerca de 200 alunos das comunidades ribeirinhas e dos ramais vizinhos.

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