Inovação e tecnologia consolidam novo momento do setor produtivo no Acre

Foto Gleilson Miranda Secom
Campus do Agronegócio foi a grande novidade do setor produtivo durante a feira (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Depois de nove dias, chegou ao fim a 43ª edição da Expoacre. A feira deste ano consolidou o novo momento vivido pelo setor produtivo no estado. A capacitação e o acesso à tecnologia foram as marcas dos estandes e dos espaços construídos para a apresentação da produção rural acreana.

Mais uma vez, o Campus do Agronegócio se tornou o ponto de referência para quem tem interesse em conhecer as inovações tecnológicas que aumentam a produção e facilitam a vida do homem do campo. O número de produtores que passou pelo local comprova o sucesso. Mais de 1,1 mil visitaram o campus durante a feira.

Além da visitação, houve também capacitação. Cursos de mecanização agrícola, desossa de peixes e iniciação ao processamento de leite foram ofertados.

Produtores participaram do curso de derivados de leite na Expoacre (Foto: Leônidas Badaró)
Produtores participaram do curso de derivados de leite na Expoacre (Foto: Leônidas Badaró)

São conhecimentos que vão chegando e mudando a vida de produtores rurais. É o caso de Obede Gomes, que veio de Manoel Urbano. Ele e a família produzem queijo de forma artesanal. São cerca de sete quilos do produto por dia. Por falta das condições adequadas, Gomes não tinha como melhorar e aumentar a produção.

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap), resolveu os dois problemas do produtor rural.

Quanto à estrutura, Gomes recebeu uma queijaria completa no valor de R$ 30 mil, que será instalada em sua propriedade.

A capacitação, fornecida em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) durante a Expoacre, ensinou o produtor a fabricar queijos de vários tipos e outros derivados, como iogurte, leite condensado e doce de leite.

“Este é um sonho que minha família está realizando graças à parceria com o governo. Agora vamos poder aumentar nossa produção e ajudar outros produtores com a compra de leite para a queijaria”, afirma Gomes.

Na área de tecnologia, o que mais chamou a atenção de quem passou pelo Campus do Agronegócio foi um equipamento, adquirido pela Embrapa, capaz de triturar capoeira – vegetação secundária – sem a necessidade do uso do fogo.

“O campus foi um sucesso ainda maior que no ano passado. Conseguimos mostrar o potencial produtivo do Acre. Estamos mostrando aos produtores que é possível produzir em larga escala respeitando o meio ambiente”, explica José Carlos Reis, secretário de Estado de Agricultura e Pecuária.

Produção familiar capacita mais de 500 produtores

Produtores familiares de diversos municípios participam da Expoacre (Foto: Angela Peres/Secom)
Produtores familiares de diversos municípios participam da Expoacre (Foto: Angela Peres/Secom)

A Expoacre pode ter terminado, mas o aprendizado de centenas de produtores rurais vai permanecer e ajudar a fortalecer a produção familiar.

O pioneirismo deste ano ocorreu com a realização do primeiro encontro dos criadores de abelhas do Acre. O evento serviu para a troca de experiências e o crescimento da atividade, que possui grande potencial no mercado consumidor.

Cursos nas áreas de fruticultura, borracha, castanha, farinha, piscicultura, hortaliças, crédito e produção em terras indígenas movimentaram mais de 500 produtores familiares de todo o estado.

Outro destaque foi a assinatura de um termo de cooperação com a Cooperativa dos Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta) para o plantio de 300 hectares de açaí irrigado em regiões do Alto e Baixo Acre.

“Somos extrativistas. Estamos cada vez mais tendo opções de sobreviver da floresta sem a necessidade de derrubar um pé de árvore”, destacou Dionísio Barbosa, presidente da cooperativa.

Lourival Marques, gestor da Seaprof, avaliou de forma positiva o setor da produção familiar na Expoacre 2016. “Conseguimos o nosso objetivo, que era mostrar aos visitantes da feira o Acre que produz. Trouxemos o feijão de Porto Walter, o açaí de Feijó e a farinha de Tarauacá, e capacitamos mais de 500 produtores. Foi um sucesso.”

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