Participantes vão debater meios para aprimorar o Sistema Único de Saúde
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 “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública e Patrimônio do Povo Brasileiro”, esse é o tema discutido nesta 6ª Conferência Estadual de Saúde que iniciou na noite desta terça-feira, 4 (Foto:Sérgio Vale/Secom) |
“Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública e Patrimônio do Povo Brasileiro”, esse é o tema discutido nesta 6ª Conferência Estadual de Saúde que iniciou na noite desta terça-feira, 4, no auditório da Firb/FAAO.
O evento deve reunir nos próximos dias aproximadamente 600 pessoas, de acordo com os organizadores. Entre os participantes estão delegados eleitos nas conferências municipais que levarão propostas para melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS).
A secretaria Estadual de Saúde, Suely Melo, afirmou que os debates iniciados na terça-feira seguem até a sexta-feira, 7. Eles são fruto de conferências municipais realizadas em 22 encontros nos municípios do Acre.
“Os prefeitos em parceria com o governo do Estado realizaram suas conferências e nessas 22 conferências foram eleitos os delegados que estão presentes aqui na conferência estadual e daqui levarão à Brasília propostas para o aprimoramento do Sistema Único de Saúde”.
Suely Melo avalia a conferência como um momento ímpar para a sociedade. Melo diz que o SUS é um dos sistemas de saúde mais modernos no mundo.
O diretor nacional da ouvidoria do SUS, Luiz Bolzan, participou da conferência representando o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Bolzan destacou que no encontro estadual serão tirados os encaminhamentos e as discussões que serão apresentadas ao governo do Acre e as propostas que serão levadas à Brasília.
“A cada quatro anos nós temos esse ciclo no Sistema Único de Saúde onde a população discute e rediscute, avalia o SUS e, para todos os gestores do sistema isso é importante porque a partir disso devem ser feitos seus planos de saúde, a sua gestão”, disse Bolzan.
Democracia que leva aos avanços
O governador Tião Viana ressaltou que o SUS no Acre tem registrado avanços significativos desde 1986, quando se constituiu esse modelo.
“A democracia, a participação das pessoas cobrando, pedindo mais acolhida, mais humanismo gerou esses avanços. Agora, o caminho sempre tem que ser o da democracia, da participação popular, do respeito à vida, do humanismo. É essa a grande luta que a Secretaria Estadual de Saúde trava para garantir dignidade às pessoas que mais precisam, que são as mais humildes”, pontuou Viana.
Tião Viana observou que o grande gargalo da saúde pública no Brasil, atualmente, é o financiamento. Ele lembrou que é o autor da Emenda Constitucional 29, apresentada em 2003 e foi aprovada por unanimidade no Senado, seguiu para aprovação na Câmara Federal e agora, retorna ao Senado para aprovação final.
“Com essa emenda a União estaria saindo de R$ 64 bilhões para um montante de R$ 98 bilhões. A União teria mais condições de fazer mudanças, mas isso dependia da CPMF que foi tirada pela oposição, com isso nós prejudicamos a aprovação de um financiamento melhor para a saúde pública do Brasil. Mas, ainda assim, nós temos avançado muito nesta área. Ninguém quer mais imposto e nós queremos é que a saúde avance cada vez mais e o ministro da Saúde e a presidente Dilma têm muita preocupação com a saúde brasileira, assim como o presidente Lula teve”, frisou.
