Desde o início desta semana, o gerente de Florestas Tropicais do Banco Alemão KfW no Brasil, Christian Lauershass, está no Acre para cumprir agenda com os órgãos ambientais do Estado. Durante a programação, o gerente teve a oportunidade de conhecer os projetos de desenvolvimento econômico e sustentável que são desenvolvidos pelos produtores rurais e extrativistas, com o apoio do governo.
Em Xapuri, além do Seringal Cachoeira, Lauershass conheceu a Usina de Beneficiamento de Castanha Chico Mendes, da Cooperativa Central de Comercialização de Extrativistas do Acre (Cooperacre). A usina é composta por cerca de 70 funcionários, que produzem três mil toneladas de castanha por ano, o que equivale a 270 mil latas.
O gerente do KfW, o secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Edegard de Deus, e o professor de Economia Rural da Universidade Federal do Acre (Ufac), João Paulo Mastrangelo, foram recepcionados pelo gerente de produção da fábrica, Adelson Oliveira, que mostrou todo o processo de industrialização da castanha. “Nós recebemos a castanha de várias colocações e seringais, dentro e fora da Reserva Extrativista. Vemos todos os dias a valorização dessa atividade tão tradicional. A maioria dos funcionários é de seringueiros ou filhos de seringueiros”, contou.
A equipe também visitou a Fábrica de Preservativos Masculino Xapuri, a Natex. Com capacidade de produzir 90 milhões de preservativos por ano, a fábrica consome anualmente 500 mil litros de látex, que são recebidos de 700 famílias extrativistas de 30 seringais. Dos seus 160 funcionários, a maioria é de Xapuri.
Encerrando a programação em Xapuri, a equipe de meio ambiente levou o gerente do KfW, para visitar a casa onde morou o líder seringueiro, Chico Mendes e o museu que expõe objetos pessoais dele e conta a história do movimento dos extrativistas contra os fazendeiros, na década de 70 e 80, em busca da redução do desmatamento na região.