Indústrias terão que se adequar a novo sistema contra incêndio

Lei vale para as que possuem estrutura física equivalente ou maior a 750 metros quadrados

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Representantes da Federação das Indústrias estiveram reunidos com o comando do Corpo de Bombeiros (Foto: Assessoria FIEAC)

Até 2007, as exigências feitas pelo Corpo de Bombeiros às indústrias no sentido de prevenção contra incêndio se limitavam a extintores manuais, lâmpadas e sinalização de emergência; hidrantes e alarme contra incêndio.

Agora, todas as indústrias que possuem uma estrutura física igual ou superior a 750 metros quadrados, deverão, por lei estadual, acrescentar mais itens de segurança à sua instalação: hidrante duplo, tanque com capacidade para 10 mil litros de água e bomba de eletricidade.

O recurso é uma medida preventiva para casos de incêndio – especialmente em madeireiras e serrarias – diminuindo os danos materiais e até mesmo pessoais, já que a chegada do Corpo de Bombeiros ao local pode levar alguns minutos, enquanto que, com a possibilidade de apagar o fogo em mãos, os próprios funcionários poderão fazê-lo.

"Para isso, estaremos à disposição das empresas para o treinamento de funcionários, que formarão uma brigada de incêndio da empresa. Essa parte é muito importante, pois, não adianta ter recursos e não saber usar", destacou o major do Corpo de Bombeiros, Argemiro Santos.

As regras e os prazos para a adequação das indústrias foram discutidos na tarde de quinta-feira, 8, entre empresários e representantes do Corpo de Bombeiros, em reunião ocorrida na Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC).

O temor da maioria dos empresários era o de ter que investir alto em um curto prazo, uma vez que as empresas possuem um planejamento anual de despesas, e que acrescentar mais uma, poderia se tornar inviável. Entretanto, conforme levantamento superficial feito pelo próprio Corpo de Bombeiros verificou-se que as despesas ficarão em torno de R$ 10 a R$ 15 mil.

Após o debate do assunto entre as duas partes, ficou acordado que as indústrias terão até 30 de novembro para apresentarem à corporação um projeto de instalação do novo sistema, devidamente assinado por um engenheiro civil responsável. A partir desta data, as indústrias terão mais quatro meses de prazo para a execução e conclusão do projeto, cuja data final é 30 de março.

"Acredito que o Corpo de Bombeiros usou o bom senso e entendeu que, apesar de termos que cumprir exigências, temos algumas dificuldades para isso, e acabou sendo bastante flexível, principalmente com a questão da data", declarou a presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras (Sindusmad), Adelaide de Fátima.

O presidente da FIEAC, João Francisco Salomão, presente na reunião, acrescentou que o melhor é que os empresários não esperem o prazo final para atender à exigência, já que a medida de segurança é algo positivo para a própria empresa. "Com essa adequação as indústrias só tendem a ganhar", enfatizou.

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