Indígenas das aldeias Amparo e Mutum aprendem técnicas de beneficiamento de sementes

Aldelícia da Silva, da aldeia Mutum mostra o que aprendeu na oficina de beneficiamento de sementes (Foto: Glenda Abreu)

Aldelícia da Silva, da aldeia Mutum mostra o que aprendeu na oficina de beneficiamento de sementes (Foto: Glenda Abreu)

Como continuação do Projeto das Casas de Produção e Cultura das Mulheres Indígenas Acreanas, financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento e executado pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), nas aldeias da terra indígena Yawanawá, no Rio Gregório, artesãos mostraram técnicas de como fazer o beneficiamento das sementes usadas nos artesanatos indígenas.

Durante os quinze dias de oficina foram mostradas as técnicas usadas passo-a-passo, de forma simples para que quando os equipamentos cheguem todos já saibam manuseá-los. Segundo o artesão Carlos Taborga, que estava na equipe, são procedimentos simples, mas que fazem a diferença no fim. “As sementes passam por um processo de limpeza, em seguida é feita a furagem e só depois passa pelo tingimento”, explicou.

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“Nesse momento conseguimos atender cerca de 60 indígenas. E não foram apenas as mulheres que participaram. Alguns índios também fizeram questão de aprender o processo de beneficiamento de sementes. Todos se envolveram de forma continuada” disse a assessora técnica de Inclusão Socioprodutiva da SEPMulheres, Glenda Abreu.

Para Aldelícia Luíza da Silva, da aldeia Amparo o trabalho era apenas pegar as sementes do chão e trabalhar nelas. “Nunca achei que isso tudo poderia ser feito com as sementes. É todo um processo que deixa até mais bonito, mostra ainda mais a beleza que ela tem. Essa oficina vai facilitar ainda mais porque vivo do artesanato”, disse Aldelícia.

Edna Yawanawá, da aldeia Mutum, se disse feliz com a oficina e com o que aprendeu. “Cada dia era uma coisa nova. Um curso que tem uma importância muito grande pra gente porque vamos deixar nossos artesanatos mais bonitos do que já são. Foi tudo uma descoberta. Posso até passar tudo isso para minha filha mais tarde”, disse.

“O governo está realizando o que foi demandado pelas próprias indígenas: elas queriam ter vez, queriam se empoderar. E o governador Tião Viana está entregando às mulheres indígenas os mecanismos necessários para que seja reafirmada a importância delas em Estado”, disse a responsável pela SEPMulheres, Concita Maia.

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