NAPI promove dois cursos para capacitar professores a trabalhar com inclusão
O Núcleo de Apoio Pedagógico à Inclusão (NAPI), da Secretaria de Estado de Educação, tem uma permanente atividade de capacitação de professores e membros da comunidade visando a inclusão de alunos diferenciados. Sua atuação atinge todo o Vale do Juruá, inclusive Guajará, município do Amazonas que solicitou inclusão na programação do NAPI. No momento, o NAPI está oferecendo em Cruzeiro do Sul um curso de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), enquanto em Rodrigues Alves é realizado o curso Educar na Diversidade.
O curso de Libras é oferecido em dois módulos: módulo 1 para iniciantes e módulo 2 para os mais avançados. O módulo 1 tem três turmas, nos turnos da manhã, tarde e noite, com 63 participantes, e o módulo 2 tem 15 participantes no turno da noite. O curso é oferecido aos professores e membros da sociedade que se inscreveram. A carga horária é de 90 horas aula, em 30 encontros. Iniciado no dia 13 de setembro, o curso vai até 22 de novembro.
Em Rodrigues Alves, o curso Educar na Diversidade teve início no último dia 6 e vai até o dia 17, com carga horária de 60 horas, tendo como participantes coordenadores e diretores de escolas.
Inclusão fortalecida
Como explica a formadora Roseane Costa, a Libras é a língua dos surdos, que era pouco conhecida e a comunicação entre surdos, amigos e parentes era feita mais à base de gestos. Mas hoje seu uso está se expandindo, exigindo que os professores tenham conhecimento dela para poder melhor atuar na inclusão de alunos com deficiência auditiva. Em Cruzeiro do Sul, a escola polo para inclusão é a São José, que atualmente tem 16 alunos incluídos da 6ª série até o ensino médio e seis crianças. Existem ainda 12 escolas trabalhando com alunos incluídos no Vale do Juruá. O NAPI fechará o ano com seis turmas capacitadas em Libras – quatro no primeiro módulo e duas no segundo.
A formadora Lucineide Martins Melo explica que o curso Educar na Diversidade refere-se a várias deficiências, como a mental, a física, autismo, dislexia, TDH, Síndrome de Down e o objetivo é sensibilizar o professor de como ele deve trabalhar com esse aluno especial, principalmente ter outro olhar e conhecer estratégias e dinâmicas para trabalhar com ele e com todos, com ou sem deficiências. O curso está sendo freqüentado por 30 professores em cargos de coordenação e direção, que serão multiplicadores dos conhecimentos para os demais professores. O curso tem a parte teórica e a prática; na prática são confeccionados materiais para ajudar a trabalhar com os alunos. Segundo Lucineide, o curso será realizado também em Guajará e, no mês de novembro, em Cruzeiro do Sul.