Além de focar na qualidade de ensino da educação básica, que engloba os ensinos infantil, fundamental e médio, o trabalho do governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) e com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (Seme), organiza ações para apoiar a inclusão social do público alvo da educação especial da rede pública.
É por meio da educação especial e do Atendimento Educacional Especializado (AEE) que são realizados as identificações e os planejamentos necessários para que cada aluno seja devidamente atendido, visto que para cada tipo de necessidade existe um tipo de atendimento.
“Não podemos apenas investir na qualidade do ensino-aprendizagem, é preciso pensar na comunidade escolar como um todo e buscar medidas que garantam o acesso e a permanência do público alvo da educação especial em nossas escolas”, disse o secretário de Estado de Educação e Esporte, Marco Brandão.
Salas de Recursos
Apoio do Ministério da Educação
Mesmo com o espaço de sala de aula disponível, a educação especial também necessita de equipamentos especializados para um atendimento qualitativo, garantindo também a acessibilidade do aluno com deficiência física no ambiente escolar.
Uma das ações que auxiliam nesta garantia é o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Ministério da Educação (MEC). Por meio de recursos disponibilizados às escolas que trabalham com o AEE, ficam financiáveis, no âmbito desse programa, as adequações físicas (rampas, sanitários, vias de acesso) e a aquisição de equipamento especializado, que inclui cadeira de rodas e recursos tecnológicos.
Ceja e o Atendimento Educacional Especializado
No Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), que trabalha com Sala de Recursos há mais de seis anos, 43 alunos estão sendo atendidos este ano pelas professoras Andréia Vasconcelos e Fabrícia Glória Menezes, responsáveis pelo AEE da instituição.
“Entre os estudantes, temos pessoas com deficiências físicas e intelectuais, incluindo surdos, cegos e alunos com síndrome de Down. Além de desenvolver as habilidades linguísticas, também buscamos aprimorar a independência dos alunos. É importante que a pessoa com deficiências especiais possa se sentir incluída e independente.”
Andréia Vasconcelos
Além de bons profissionais, Fabrícia Menezes explica que o apoio da equipe escolar também é muito importante. “Nas formações que realizamos no Centro, buscamos envolver todos os funcionários e alunos, para que ocorra uma interação positiva do aluno deficiente fora da Sala de Recursos.”
Destaque nacional
Inaugurada em 2004, a Escola Estadual Clarisse Fecury trabalha com o AEE e com a Sala de Recursos há seis anos, quando foram destinados recursos do MEC para equipar e preparar os professores da instituição de ensino.
E o resultado do trabalho positivo da escola veio logo em seguida: em 2010, com apenas dois anos de atendimento aos alunos com deficiências físicas, a Escola Clarisse Fecury foi ganhadora da primeira edição do Prêmio “Experiências Educacionais Inclusivas: A escola aprendendo com as diferenças”, com recebimento do prêmio realizado em Brasília.
Em 2014, 611 alunos estudam na Clarisse Fecury, dos quais 18 necessitam do trabalho realizado na Sala de Recursos. Maria das Dores de Lima Nunes, atual gestora, afirmou: “Cada um tem seu tempo de aprender. Possuímos atendentes de manhã e à tarde, e contamos também com intérprete em sala de aula para os alunos com deficiência auditiva”.