Tião Viana e ministro da Saúde entregam primeira unidade da Rede Cegonha no Brasil
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 O governador Tião Viana e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inauguraram em Cruzeiro do Sul o primeiro hospital da Rede Cegonha no Brasil (Foto: Sérgio Vale) |
O governador Tião Viana e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inauguraram em Cruzeiro do Sul o primeiro hospital da Rede Cegonha no Brasil. O Hospital da Mulher e da Criança Irmã Maria Inete, um investimento de R$ 9 milhões em obras e equipamentos, traz saúde de qualidade para as mulheres e crianças do município e conta com um especialista em neonatologia. É a quarta vez, em seis meses de gestão, que o ministro vem ao Acre trazer apoio e recursos.
“É um orgulho inaugurar uma maternidade como esta, que trata com tanto respeito as mulheres. Eu quero dizer que vocês nos superaram em nossa capacidade de pensar em conjunto. Não conseguimos enxergar tantos detalhes como os que vi aqui para os hospitais que serão integrados à Rede Cegonha. Eu nunca vi algo com tanto capricho como este hospital da mulher e da criança. Vocês pensaram em tudo, em coisas que nem toda a equipe do ministério reunida conseguiu pensar”, revelou o ministro.
Segundo Padilha, a estratégia da Rede Cegonha vai mudar a realidade do parto no Brasil, que carrega o índice de ser o país que realiza mais partos cesáreos no mundo. “Daqui há vinte anos, quando forem estudar a política de assistência ao parto no Brasil, vão ter que vir a Cruzeiro do Sul ver o que este governo fez aqui. Isso renova as minhas energias para continuar voltando ao Acre e trabalhar muito para atender o governo do Estado, porque eu sei que aqui se faz o melhor possível.”
A Rede Cegonha é uma estratégia de Saúde criada pela presidente Dilma Rousseff para reduzir os índices de mortalidade materna e infantil no Brasil, em especial na Amazônia, com foco no pré-natal, parto, pós-parto e nos primeiros dois anos de vida do bebê.
Hospital terá um neonatologista
O governador Tião Viana fez questão de explicar a importância e a dificuldade de contar com um médico neonatologista na equipe. “No Brasil temos 5,6 mil municípios e nem 300 contam com esse especialista. Nós conseguimos, com a graça de Deus, trazer um para o Acre, e ele já se comprometeu a treinar os colegas para melhorar ainda mais o atendimento que será prestado.”
A maternidade de Cruzeiro do Sul conta com salas de parto diferenciadas. Uma delas é a do parto na rede, feita para atender mulheres indígenas, cujo costume é ter o parto em pé, com o apoio de uma rede. Outro diferencial é o parto na água, um tipo de parto que geralmente só é oferecido em clínicas particulares. Os acompanhantes terão não só o direito, mas espaço para estar ao lado das parturientes. “O governo teve muito esmero em construir uma maternidade com o respeito aos costumes culturais e étnicos do nosso povo”, disse a secretária de Saúde, Suely Melo.
A primeira-dama do Acre, Marlúcia Cândida, dividiu sua história como mãe de três filhos para incentivar as mulheres ao parto normal. “Os três partos que tive foram normais. Eu sei que o parto é determinado pelo acompanhamento, pelo pré-natal. Eu tive um marido que assistiu ao parto dos nossos três filhos, que ficou ao meu lado, que me incentivou a amamentar, a tirar leite, doar leite, e sei da importância que é ter alguém do nosso lado nesse momento tão bonito de nossas vidas. A maternidade de Rio Branco e a maternidade de Cruzeiro do Sul são, sim, de Primeiro Mundo, e devemos nos orgulhar disso. As mulheres do Juruá estão de parabéns”, disse.
Para a secretária da Mulher, Concita Maia, o hospital é uma conquista do movimento de mulheres. Ela lembrou do compromisso do governo federal e estadual com a saúde feminina e dos avanços e desafios no combate e prevenção ao câncer de colo de útero e de mama.
“O parto dos meus filhos foi cesáreo, mas se eu tivesse tido o apoio e a estrutura que estou vendo neste hospital eu teria mudado de ideia. Aqui tudo é preparado para garantir o conforto e a segurança das mulheres”, disse a deputada federal Perpétua Almeida.
"Os investimentos em educação, saúde, infraestrutura e produção realizados pelo governo do Acre só são possíveis porque a presidenta Dilma Rousseff não falha com o Acre, em nenhum momento", disse o senador Aníbal Diniz.
Ministro é homenageado
O ministro Alexandre Padilha recebeu o grau Grão-Cruz da Ordem da Estrela do Acre, a maior honraria do Estado, por seu empenho em ajudar a saúde pública acreana. “Se eu já era amante do Acre, agora sou comendador. Estou muito honrado”, comentou.
A irmã Maria Inete e Manoel Braga Montenegro também foram homenageados com placas de reconhecimento pelo trabalho que prestaram à saúde pública em Cruzeiro do Sul, dedicando parte de suas vidas a atender o povo.
Sobre o hospital
A unidade de saúde possui 84 leitos, sendo 20 alojamentos conjuntos (com acomodação para acompanhantes), 11 de ginecologia, oito do método Mãe Canguru, seis de pré-parto e pós parto, três para mães indígenas com respeito aos costumes dos povos indígenas, 11 de pediatria, quatro de recuperação pós-anestésica, dois de UTIs maternas e 10 de UTIs neonatal. O hospital possui ainda quatro salas cirúrgicas, uma sala de curetagem, um consultório de avaliação, banco de leite para garantir o aleitamento exclusivo e um lactário para o preparo de leite de crianças internadas.
As mulheres terão direito a um acompanhante na hora do parto, seja o marido, a mãe ou uma pessoa próxima, e serão orientadas durante o aleitamento.
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