Imac, Semeia, Seaprof e Corpo de Bombeiros apresentam dados sobre combate aos focos de calor no Acre

Baixa umidade do ar, calor excessivo e pouca chuva contribuem para agravar situação de queimadas no Estado

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Técnicos de combate ao foto participam de apresentação dos dados relativos ao combate ao foto no Estado (Foto: Angela Peres/Secom)

O Instituto de Meio Ambiente do Acre, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar e o Corpo de Bombeiros se reuniram na manhã dessa segunda-feira para apresentar a técnicos que atuam na área no Estado, um balanço do combate aos focos de calor ocorridos esse ano no Acre. Além disso, também apresentaram algumas medidas que serão tomadas ainda este ano e metas para intensificar o combate às queimadas em 2011.

Até agora, já foram contabilizados cerca de 6 mil focos de calor e incêndios florestais em todo o estado. Número menor do que o que foi registrado em 2005, quando foram registrados mais de 20 mil focos. Porém as condições climáticas já são mais graves do que as verificadas em 2005. Com a baixa umidade relativa do ar, o aumento da temperatura e o solo seco, as queimadas continuam preocupando os órgãos ambientais. "Temos o exemplo de uma só queimada que se alastrou e atingiu 40 propriedades", conta a presidente do Imac, Cleísa Cartaxo.

Os trabalhos de prevenção foram alguns dos pontos mais intensos esse ano para que mesmo com condições climáticas desfavoráveis, a situação não saísse do controle. Tanto a Seaprof como o Imac trabalham com programas que apresentam alternativas para que o produtor rural não precise mais utilizar o fogo e, se precisar, pedir licença ambiental para que consiga realizar uma queimada controlada. O Secretário de Meio Ambiente, Eufran Amaral, apresentou painel com a retrospectiva de todas as ações já realizadas em 2010 e explica que o combate ao fogo é uma verdadeira operação de guerra. Em algumas regiões do estado, o incêndio chegou à copa das árvores. Para agravar ainda mais a situação, a diminuição da umidade relativa do ar foi um grande vilão, chegando a apenas 13% no interior do estado. No geral, o estado também passou cerca de 30 dias sem chuvas. Em algumas regiões não choveu por até 60 dias.

Um elemento novo que também contribuiu para o aumento dos números de queimadas foram as ocorrências de incêndios urbanos. Só até a metade de setembro foram identificados 1.456 casos de incêndios que começaram em quintais e saíram do controle. Em relação à zona rural, a Seaprof também apresenta um trabalho importante sendo a instituição que mais tem contato com os produtores rurais, levando a informação de combate a todos eles. "O mais importante é mostrarmos aos produtores rurais que temos outras opções além das queimadas", conta Ronei Santana, representando a Seaprof.

Ao longo dos últimos meses, o governo se reuniu com todas as prefeituras do Estado, Ministério Público, SIPAM e realizou campanhas de esclarecimento. De todos os estados amazônicos, o Acre foi o único que não declarou estado de emergência, apenas de alerta, e até o gabinete do governador Binho Marques foi transformado em sala de informações e situação de controle e combate às queimadas.

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