Com a chegada do período de estiagem, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) está reforçando as atividades de fiscalização em todas as cidades acreanas, com servidores nos vales do Alto e Baixo Acre, Tarauacá e Envira, Juruá e nas áreas de fronteira com a Bolívia, Peru e o vizinho Estado do Amazonas.
As equipes do Imac trabalham em parceria com o Pelotão Florestal, da Polícia Militar, e com fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). A intenção do órgão é coibir as derrubadas não autorizadas e o transporte ilegal de madeira, a carne de animais silvestres, e identificar os focos de calor. Até esta quinta-feira, 1, já foram apreendidos aproximadamente 100 metros cúbicos de madeira ilegal.
O diretor-presidente do Imac, Fernando Lima, destaca que os marceneiros que utilizam madeira ilegal na fabricação de móveis praticam preços menores do que os que trabalham com madeira certificada, o que torna a concorrência desleal. “Quem explora o ramo madeireiro dentro da legalidade cumpre uma série de etapas até a liberação dos documentos, o que na maioria das vezes agrega certo valor ao produto. Quem trabalha com madeira ilegal não cumpre essas exigências”, destacou Lima.
As fiscalizações são itinerantes e seguem recomendação do Ministério Público Estadual (MPE). Nos últimos dias, os fiscais do Imac realizaram diversas reuniões com os trabalhadores do ramo moveleiro, que demonstraram insatisfação com a falta de fiscalização. O governo do Estado tem investido na legalização desses trabalhadores, incentivando por meio dos programas sociais do governo federal executados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens).
Durante o mês de julho foram registrados 176 focos de calor em todo o Acre – no mesmo período de 2012 foram 309. “Na parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), os números de incêndio diminuíram drasticamente. Mesmo assim, as ações educativas e de fiscalização continuam”, disse o diretor do Imac, que pediu o apoio da população no combate ao desmatamento e às queimadas ilegais. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (68) 3224-5497.
