III Festival Pachamama começa em Rio Branco sob tom de protesto

A proposta do Festival Pachamama é integrar os povos da América Latina e buscar um referencial que fortaleça a identidade da região por meio da arte (Foto: Talita Oliveira)
A proposta do Festival Pachamama é integrar os povos da América Latina e buscar um referencial que fortaleça a identidade da região por meio da arte (Foto: Talita Oliveira)
A proposta do Festival Pachamama é integrar os povos da América Latina e buscar um referencial que fortaleça a identidade da região por meio da arte (Foto: Talita Oliveira)

A proposta do Festival Pachamama é integrar os povos da América Latina e buscar um referencial que fortaleça a identidade da região por meio da arte (Foto: Talita Oliveira)

Uma noite marcada pelo protesto contra injustiças sociais e agressões cometidas ao meio ambiente e contra as comunidades indígenas pelo mundo agora. Convidados de Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rondônia e por países que fazem fronteira com o Brasil pelo Acre, como Peru e Bolívia, e ainda representantes do México, Colômbia, Argentina e Equador, partilharam um momento de reflexão durante a abertura da terceira edição do Festival Pachamama – Cinema de Fronteira. A proposta é olhar o mundo e recomeçar.

Cânticos entoados por grupo de Yawanawa e a apresentação das cantoras Verônica Padrão e Vanessa Oliveira interpretando “Solo le pido a Díos”, com acompanhamento do guitarrista Ronaldo Spock e da percussionista Marilua Azevedo, prepararam o público para o que estava por vir.

O início do festival foi conduzido pelo olhar do diretor Silvio Da-Rin sobre comunidades isoladas do Acre, que, de volta ao Estado, recebeu homenagens ao lado dos personagens do documentário Paralelo 10, José Carlos Meirelles e Terri Aquino.

“Este festival é uma oportunidade de nos unirmos, de nos integrarmos. Estou me sentindo em casa. Como peruano e representante do Peru aqui, quero agradecer a todos, especialmente ao público que atendeu a esse convite”, disse, em nome dos convidados da tríplice fronteira, o cônsul peruano no Acre e Rondônia Jesus Carranza.

A proposta do Festival Pachamama é integrar os povos da América Latina e buscar um referencial que fortaleça a identidade da região por meio da arte. A deputada Perpétua Almeida, apoiadora do projeto, anunciou durante o evento que irá destinar emenda parlamentar para a cultura da fronteira e para o festival. “Enquanto há tantos conflitos na região, pobres enfrentando pobres, o Pachamama nos mostra que é possível integrar as linguagens, integrar os países de fronteira por meio da arte. É o melhor que poderia acontecer na nossa fronteira. Estamos nos virando de frente para outros povos”, avaliou a deputada.

Noite de curta-metragem – Nesta terça, 20, o Pachamama será cenário de apresentação dos índios Yawanawa do rio Gregório às 19 horas, antes da estreia em Rio Branco do curta de animação “Awara Nane Putane – Uma história do cipó”. O desenho foi roteirizado e dirigido pelo coordenador do festival, Sergio de Carvalho, produzido pela atriz e produtora Karla Martins e feito em parceria com a Cooperativa Yawanawa.

O projeto foi um dos dez selecionados pelo Ministério da Cultura, concorrendo com outros de todo o país. O lançamento oficial aconteceu durante o Festival Yawa, de 25 a 30 de outubro, na comunidade indígena do Rio Gregório. No fim de outubro o vídeo foi homenageado no FestCine Amazônia, em Porto Velho (RO). Em seguida, inicia-se a Mostra Mirada Latina, com o filme “O pescador”, de Sebástian Cordero. Uma produção Equador- Colômbia.

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