II Jornada de Estudo de Gênero e Literatura mobiliza público acadêmico

Temáticas sobre as mulheres em foco no campus da Ufac

Como parte da programação dos “16 Dias de Ativismo – Pelo Fim da Violência contra a Mulher” foi realizada na última sexta-feira, 9, a II Jornada de Estudo de Gênero e Literatura no auditório do bloco de pós-graduação na Universidade Federal do Acre (Foto:Assessoria SEPMulheres)
Como parte da programação dos “16 Dias de Ativismo – Pelo Fim da Violência contra a Mulher” foi realizada na última sexta-feira, 9, a II Jornada de Estudo de Gênero e Literatura no auditório do bloco de pós-graduação na Universidade Federal do Acre (Foto:Assessoria SEPMulheres)
Como parte da programação dos “16 Dias de Ativismo – Pelo Fim da Violência contra a Mulher” foi realizada na última sexta-feira, 9, a II Jornada de Estudo de Gênero e Literatura no auditório do bloco de pós-graduação na Universidade Federal do Acre (Foto:Assessoria SEPMulheres)

Como parte da programação dos “16 Dias de Ativismo – Pelo Fim da Violência contra a Mulher” foi realizada na última sexta-feira, 9, a II Jornada de Estudo de Gênero e Literatura no auditório do bloco de pós-graduação na Universidade Federal do Acre (Foto:Assessoria SEPMulheres)

Como parte da programação dos “16 Dias de Ativismo – Pelo Fim da Violência contra a Mulher”, foi realizada na última sexta-feira, 9, a II Jornada de Estudo de Gênero e Literatura no auditório do bloco de pós-graduação na Universidade Federal do Acre. O evento é uma realização do Núcleo de Estudos de Gênero da Amazônia (Nega), através da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, com apoio do governo do Estado. A intenção é a de levar o debate à comunidade acadêmica, a fim de gerar uma avaliação crítica da realidade acreana.

A tarde se iniciou com uma mesa-redonda e a representante da educação, Almerinda Cunha, apresentou dados ligados às mulheres negras. Os principais tópicos foram o racismo, saúde negra e a Lei n. 10639, que explicita a obrigatoriedade do ensino da cultura afro. A fala relacionou machismo com racismo e apontou pontos do imaginário brasileiro que tangem a realidade das mulheres negras no país.

A delegada Wânia Lília apresentou o tema relacionado com a violência contra a mulher no contexto global, e a fala da representante da SEPMulheres, Ariádne Santos, tratou das novidades e detalhes da Lei 11.340 (Lei Maria da Penha). “Apresentamos a lei completa e de forma detalhada, porque há várias situações que contemplam as mulheres e não somente quando a situação é de violência física”, comenta a assessora jurídica.

A última apresentação do período vespertino foi sobre a literatura acreana e como esta é um retrato da violência doméstica. A professora Margarete Lopes, responsável pelo Nega e pelo evento, destacou obras como o “Inferno Verde”, de Alberto Rangel, “Terra Caída”, de José Potyguara, “O Seringal” “O silêncio” e “Sinais dos Tempos”, de Miguel Ferrante. Também obras das autoras Florentina Esteves, Glória Perez, Robélia Fernandes e da própria professora Margarete.

Houve então a apresentação de comunicações livres.  Vinte e cinco trabalhos foram inscritos, o que renderá a publicação dos Anais da II Jornada de Estudo de Gênero. A programação se concluiu à noite, com a apresentação de atividades culturais e da palestra da poetisa e contista mineira Tânia Diniz, que é idealizadora e fundadora do Jornal “Mulheres Emergentes”. A premiada palestrante apresentou sua biografia e trabalho, evidenciando o destaque da mulher na arte, alma feminina nas poesias e sobre o desenvolvimento de um movimento cultural em sua cidade.

“O ‘Mulheres Emergentes’” se tornou um trabalho tão grande que passou a ser conhecido mundialmente. Meu trabalho foi além das edições trimestrais dos jornais poéticos, foi necessário que abríssemos a Mulheres Emergentes Edições Alternativas para que a rede que se formou desse os frutos. A arte pode influenciar e mudar a vida de muitas pessoas”, conta Tânia.

O evento mobilizou acadêmicos, representantes de instituições e não só mulheres, mas também homens. Houve ainda sessão de comunicações livres, exposição de exemplares do jornal poético, feira de livros e coquetel. “O debate, a desmitificação de uma cultura patriarcal e o empoderamento de possibilidades e direitos faz parte da quebra do ciclo da violência no nosso Estado e no nosso país”, conclui a secretária da SEPMulheres,  Concita Maia.

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