Qualificação é uma das ações previstas para reduzir os índices de mortalidade materno e infantil
O Governo do Estado, através do Instituto de Educação Profissional Dom Moacyr (IDM), iniciou nesta terça-feira, 26, mais dois cursos de especialização técnica. A aula inaugural dos cursos de Pós-técnico em Obstetrícia e em UTI Neonatal aconteceu na Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha e contou com a presença dos 70 técnicos em enfermagem que atuam na Maternidade Bárbara Heliodora e que irão participar da formação continuada.
A qualificação dos profissionais da rede pública de saúde faz parte do conjunto de ações firmadas a partir do pacto pela redução da mortalidade maternoinfantil, firmado pelos governos federal e estaduais. E tem como objetivo a melhoria dos indicadores sociais da população, garantindo a redução das desigualdades na região Nordeste e da Amazônia Legal. O Pacto prevê o compromisso dos Estados na redução de 5% da taxa de mortalidade infantil e neonatal ao ano, em 2009 e 2010.
De acordo com as informações do Plano Estadual de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal em 1998, a taxa de mortalidade infantil era de 34%. Em 2008, esse índice caiu para 17,9%. “Além da formação dos profissionais, o Governo do Acre está investindo na aquisição de equipamentos e na reestruturação física da Maternidade”, destacou a diretora da maternidade Bárbara Heliodora, Lorena Elizabeth Seguel.
Dividido em 180 horas aula, incluindo atividades teóricas e práticas, o curso de aperfeiçoamento visa a qualificação do profissional em saúde de forma diferenciada. “A maioria dos educandos iniciaram a formação profissional no Instituto Dom Moacyr e agora começam a refinar seus conhecimentos”, disse a coordenadora da Escola Técnica em Saúde, Ana Lúcia Abreu, durante a solenidade de abertura do curso Pós-Técnico.
Já o presidente do IDM, Irailton Lima, falou do esforço coletivo que vem sendo realizado para potencializar as ações no sentido de ampliar o oferecimento de novos cursos, e também da interiorização das atividades. Ele lembrou que em 2002, o número de técnicos em enfermagem era bem pequeno no Estado.
“Atualmente são três mil auxiliares e quase dois mil técnicos em enfermagem formados, o que tem diminuído o déficit de profissionais de saúde. Nosso foco são os investimentos em formação, com a proposta de garantir aos usuários do SUS tenham qualidade no atendimento”.
A técnica em enfermagem, Dejane da Silva Santana, é uma das educandas da especialização técnica. Segunda ela a expectativa dos profissionais que iniciam o curso é utilizar os conhecimentos e a experiência profissional que já possuem para melhorar a qualidade dos serviços. “Espero que o curso amplie nossa visão para que possamos acolher mulheres e bebes de forma cuidadosa e respeitosa”.
