Manter os rebanhos do Acre livres da febre aftosa. Esse é o foco das ações do Instituto de Defesa Animal e Agroflorestal (Idaf), que tem intensificado cada vez mais a campanha de vacinação nos municípios fronteiriços com Peru e Bolívia. A primeira fase da imunização se encerra no dia 31 deste mês.
O diferencial para as propriedades da fronteira é que não há idade vacinal específica por etapa da campanha para imunizar os animais, e todos devem receber a vacina duas vezes ao ano, ao passo que no restante do estado a obrigatoriedade da vacina em sua primeira fase só abrange o gado que possui de zero até dois anos.
Na tarde de segunda-feira, 19, foi a vez de o produtor Augusto Araújo Lopes, proprietário de terra na fronteira com a Bolívia, vacinar todo o seu rebanho. Segundo ele, o rebanho sadio é a certeza de um mercado consumidor garantido. “Eu tenho plena convicção da minha responsabilidade como produtor e sei dos benefícios que ela me traz. Bom seria se todos tivessem a mesma consciência”, frisou.
Além de vacinar, Augusto não deixa de registrar a imunização no escritório do Idaf de Epitaciolândia. “Sem a vacinação ninguém pode emitir Guia de Trânsito Animal [GTA] nenhuma, o que impede qualquer movimentação no rebanho”, completou o produtor.
Campanha em parceria
Os veterinários do Idaf em Epitaciolândia, Fábio Pires, e do Ministério da Agricultura, Alexandre Maximiano, acompanharam o processo de vacinação na propriedade de Augusto. “Sempre que possível, o Ministério da Agricultura acompanha e reforça o apoio às ações do Idaf”, afirma Maximiano.
De acordo com Fábio, há aproximadamente três anos o Acre realiza ações em conjunto com a Bolívia, haja vista que o país vizinho busca o status de zona livre de aftosa. “O Ministério da Agricultura pediu ao Idaf que reforçasse o acompanhamento do processo nas regiões de fronteira, e nós temos tido essa parceria”, comentou.