Idaf inicia implantação de plano de vigilância de influenza aviária preconizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) deu início na quinta-feira, 5, às ações do Plano de Vigilância de Influenza Aviária (IA) e da Doença de NewCastle (DNC) do ciclo 2024-2025, idealizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), cujo objetivo é a vigilância ativa em avicultura para detectar a presença dos vírus causadores, garantindo as medidas de biosseguridade preconizadas.

Médicos veterinários do Idaf visitarão todos estabelecimentos e produtores da avicultura comercial, bem como de criações domésticas de menor escala ou de subsistência de todo o estado, para a realização de coleta swab da traqueia e da cloaca das aves, além da retirada de sangue para aquisição de soro. Os exames serão enviados para análise laboratorial fora do estado, para comprovar a não ocorrência de casos de influenza aviária altamente patogênica.

Vigilância ativa é fundamental para verificação de circulação viral da influenza aviária de alta patogenicidade e da doença de Newcastle. Foto: Fabiana Matos/Idaf

O Acre é livre da influenza aviária e da doença Newcastle e tem seguido criteriosamente o Plano de Vigilância do Mapa, que tem como missão a detecção precoce nas populações de aves e ações educativas, de modo que a população esteja devidamente orientada sobre como agir caso sejam identificados animais com sintomas das doenças.

Segundo Alan Palú, médico veterinário do Idaf, a vigilância ativa é fundamental para a comprovação da ausência de circulação viral em aves comerciais. “Durante todo o ano, seguimos todos os protocolos de contingenciamento previstos no Plano Nacional de Vigilância, como coleta de amostras e vistoria nas propriedades com aves, entre outros, para garantir o bem-estar e a saúde da população, associados ao desenvolvimento da agricultura no Acre”, explica.

“O Idaf, além de realizar exames, orienta os produtores sobre a importância de reforçar as medidas de biosseguridade em suas granjas e da notificação imediata de casos suspeitos”, explica Alan Palu. Foto: Fabiana Matos/Idaf

Para que se tenha um alto padrão de qualidade, de forma a atender as demandas de saúde e dos consumidores e atingir novos mercados, as empresas avícolas acreanas investem em métodos de controle de qualidade. Nesse quesito, a presença do Idaf torna-se fundamental para prevenção da infecção e manutenção de status livre.

A primeira empresa selecionada para a realização dos exames foi a Granja Carijó, localizada na BR-317, que emprega cerca de 120 funcionários e 480 mil aves alojadas.

“Em 2009 instalamos a unidade em Senador Guiomard para atender a população de Cruzeiro do Sul, depois começamos a atender as redes comerciais de Rio Branco. Esse crescimento aconteceu devido aos cuidados sanitários e ao apoio que o Idaf sempre presta à empresa, vindo aqui para realizar anualmente os exames necessários. Fazendo esse monitoramento, a gente gera um respaldo para os clientes e principalmente para as missões internacionais”, relata Diogo Luiz Valente, médico veterinário e proprietário da granja.

Grandes empresas devem seguir protocolos veterinários para garantir saúde das aves em todo o sistema de produção. Foto: Fabiana Matos/Idaf

A ocorrência de um único foco das doenças em território acreano seria um evento desastroso, pois provocaria graves consequências econômicas e sociais à avicultura e a outras cadeias produtivas, como a de grãos, além dos riscos à saúde humana.

O Idaf orienta o produtor a ficar atento a sinais de influenza aviária nas aves de produção e informar ao órgão, caso ocorram mudanças, como alta mortalidade e diminuição da produção de ovos. Também são sintomas indicativos a falta de coordenação motora dos animais, apatia e queda no consumo de ração e de água.

Equipe do Idaf realiza inspeções minuciosas nas aves e nas instalações da granjas. Foto: Fabiana Matos/Idaf

Sobre a influenza aviária

A influenza aviária ou gripe aviária é uma doença  altamente contagiosa, que afeta várias espécies de aves silvestres e domésticas, principalmente galinhas, patos e perus, e pode ser transmitida pelo ar, água, alimentos, materiais e pessoas contaminadas e pelo contato com aves doentes. Quando causada por subtipos de vírus patogênicos, leva a altas taxas de mortalidade, causando sérios prejuízos aos produtores rurais.

Para evitar a doença, é preciso manter o controle de acesso às granjas e a boa estrutura física das instalações (telas e portões) para evitar o ingresso de animais domésticos ou roedores. Outra dica é reduzir o acesso à granja e desinfetar veículos, pois objetos e pessoas também podem transmitir o vírus. Também é preciso evitar que aves de vida livre, como pombos, tenham contato com as aves da granja.

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