O diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), Ronaldo Queiroz, o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa/Acre) e o representante do Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia Jair Batalhini, reuniram-se na manhã desta segunda-feira,19, para discutir ações de estratégias para combater a prática ilegal de transporte de peixes para fora do país.
Segundo Luziel de Carvalho, superintendente do Mapa/Acre, o primeiro momento é de planejamento estratégico com os demais órgãos que serão responsáveis por uma ação intensiva de fiscalização nas áreas de fronteira. “Estamos realizando um planejamento para posteriormente desenvolvermos uma ação visando coibir essa prática ilegal que traz prejuízo para as empresas brasileiras que possuem certificado para fazer o trânsito internacional de pescados”.
A denúncia do transporte ilegal de peixes da região do Alto Acre para a cidade de Porto Maldonado, no Peru, foi feita pela empresa Peixes da Amazônia que é a única legalizada pelo Ministério da Agricultura para industrializar e comercializar internacionalmente o seu produto.
“É uma situação que deixa a indústria completamente desprotegida, nós seguimos todo um protocolo, pagamos nossos impostos, temos os funcionários todos registrados, oferecemos peixes de qualidade livre de qualquer contaminação e temos que competir com quem oferece de forma ilegal”, disse o gerente de processamento de peixes, Jair Batalhini.
Ainda segundo Batalhini, o transporte clandestino de peixes gera prejuízos não apenas para a empresa legalizada, mas para os países envolvidos, e principalmente para o consumidor final. “Quem compra o pescado comercializado de forma clandestina recebe um produto de má qualidade e corre o risco de ter um problema sanitário grave, uma doença por estar comendo um peixe que não tem controle nenhum de qualidade”, finalizou.
A ação de fiscalização terá a parceria da Polícia Federal, Polícia Militar, Receita Federal, Ministério Público Estadual, Idaf e Mapa/Acre.
“O trabalho vai coibir essa prática que está inviabilizando as empresas brasileiras que estão aptas a fazer esse tipo de comércio. Até hoje era difícil identificar o comércio ilegal porque eles distribuem os pescados em pequenas quantidades para dar a impressão de que é para consumo próprio, mas na verdade ele está sendo comercializado para exportação, com essa ação, isso vai deixar de acontecer”, comentou Ronaldo Queiroz, diretor-presidente do Idaf.