Idaf ajuda produtores rurais no combate à lagarta mandarová

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Produtor rural Rosiê Araújo aprendeu a combater as lagartas mandarovás. Hoje seus três hectares de roçado estão livres da praga (Foto: Onofre Brito/Secom)

A lagarta mandarová  não oferece perigo ao ser humano. Em compensação, têm uma alta capacidade de destruição de plantas, principalmente os roçados de mandioca. Em ataques severos, pode-se perder até 64% da produção. Elas se apresentam inicialmente em forma de mariposas que depositam seus ovos na plantação, e aí começa o perigo.

Foi por desconhecimento e falta de monitoramento que em 2009 o produtor Rosiê Araújo, morador da comunidade São Domingos, interior de Mâncio Lima, região do Juruá, viu todo seu plantio de macaxeira ser destruído pelo ataque das mandarovás.

A atividade é a única fonte de renda dele, da mulher e dos oito filhos, por isso hoje, com a ajuda do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), ele aprendeu a se prevenir e a combater a lagarta.

“Os técnicos nos ensinaram a monitorar o roçado, e quando começa o período das chuvas e a qualquer sinal do aparecimento das lagartas, a gente já se prepara para aplicar o inseticida que eles repassaram. Esse apoio transformou nossa realidade”, contou o produtor rural.

O inseticida citado por Rosiê Araújo é o baculovirus, totalmente natural, ou seja, não contém produtos químicos e é produzido manualmente a partir do esmagamento das lagartas infectadas e mortas na plantação.

“Nós temos em estoque inseticidas baculovirus para atender até 30 hectares de terra. É só o produtor acionar o Idaf por meio do escritório do seu município que nós vamos até a propriedade e aplicamos o produto. Paralelamente, ensinamos a fazer o próprio inseticida, que poder ser congelado por até cinco anos”, comentou a engenheira agrônoma do Idaf Ligiane Amorin.

A fabricação do inseticida é simples: consiste no esmagamento de duas a cinco lagartas que foram infectadas pelo baculovirus misturadas com 5 ml de água. Em seguida, o líquido precisa ser coado numa peneira ou pano fino, para evitar o entupimento do pulverizador. Depois é só borrifar nas plantas que tenham sido atacadas pelas lagartas.

Além do trabalho de visita e inspeção nas regiões afetadas pela praga, o Idaf realiza ainda um trabalho de orientação com os produtores de farinha da região do Juruá.

Por meio de uma cartilha informativa, são repassadas para a comunidade diversas informações sobre a lagarta, seus ciclos de vida e como combatê-la.

O cultivo da mandioca, além de ser cultural na região do Juruá, é ainda a principal fonte de renda dos produtores. “Estar alerta aos sinais de um possível ataque é a principal forma de evitar que as plantações sejam destruídas. O Idaf está à disposição dos produtores, para ajudar no combate à lagarta em caso de um possível ataque”, disse Ligiane.

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