ICMBIO retoma gestão participativa do Parque Nacional da Serra do Divisor

Secretaria de Turismo apresenta projeto para deslanchar ecoturismo no parque

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Serra do Divisor: grande potencial para o ecoturismo (Foto: Arquivo/Secom)

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) do Vale do Juruá promoveu reunião com duração de dois dias do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD) e retomou a gestão participativa, depois de um ano e meio sem se reunir por variados fatores, incluindo mudanças na equipe que ocorreu com a criação do Instituto Chico Mendes. Segundo explicou o chefe do PNSD, Pablo Saldo, a gestão participativa ficou meio inviabilizada neste período, o que causou interrupção de atividades.

Participaram da reunião instituições como Embrapa, Ufac, Incra, Funai, representantes de prefeitura e câmaras de vereadores, comunidades do entorno do parque, das terras indígenas e moradores do interior do parque. Segundo Pablo, dessa reunião entre esses diversos segmentos, desses diversos olhares sobre o parque, foi possível tirar um rumo para que se possa efetivamente fazer a administração dele.

Turismo no parque

O secretário de Turismo do Acre, Cassiano Marques, apresentou no encontro um projeto para oficializar o ecoturismo na área Norte do parque, já existindo um acordo com o Instituto Chico Mendes e recursos assegurados para 2010.

Segundo Pablo, o parque está aberto à visitação. Para o período de carnaval, quatro grupos já procuraram o ICMBIO solicitando autorização, que é necessária para entrar no parque. Ele conta que há pessoas que entram sem autorização o que prejudica tanto a gestão do parque – "porque a gente fica sem saber quantas pessoas visitam o parque efetivamente e isso pode ser um risco para a própria comunidade visitada e porque precisamos saber que existem visitantes lá dentro para no caso de uma emergência a gente poder fazer um resgate", disse.

Embora todos os meses haja grupos – pelo menos um – visitando o parque ainda não existe uma estrutura turística necessária. Segundo Pablo, existe uma pousada no pé da serra tocada por um morador, com estrutura precária, mas tem um alojamento onde as pessoas podem ficar. Há ainda as casas dos moradores e algumas pessoas da região servem de guias para fazer o acompanhamento dos visitantes.

"O que a gente espera é que com este projeto em parceria com a Secretaria de Turismo, a gente possa efetivamente incrementar o ecoturismo de forma profissional, com a entrada de agências de turismo organizando pacotes. Na atualidade quem pensa em ir à Serra do Moa (como é conhecido em Cruzeiro do Sul o PNSD) tem que organizar sua expedição".

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