Iapen se prepara para aplicação de provas do Encceja PPL

A aplicação do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) para pessoas privadas de liberdade acontece nos dias 15 e 16 de outubro. A prova é utilizada para obter a certificação de Ensino Fundamental e Médio. O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), por meio da Divisão de Educação Prisional, vem acompanhando e fornecendo os meios para que os detentos que vão fazer o exame nas unidades penitenciárias do Acre se preparem para fazer a prova.

Encceja será aplicado nos dias 15 e 16 de outubro para pessoas privadas de liberdade. Foto: Lucas Manoel/Iapen

Em todo o estado foram 1.583 inscritos, que devem fazer o exame na próxima semana. Entre eles está W. S., que, aos 33 anos, viu na educação dentro do sistema prisional uma forma de recomeçar.  Sonha, inclusive, em continuar os estudos e se formar em Direito.

“Eu tenho 33 anos, parei de estudar em 2004. Voltei a estudar agora na Escola Fábrica de Asas, dentro do presídio. É uma porta que nos beneficia com o conhecimento. Eu pretendo cursar Direito”, ressaltou ele.

Privados de liberdade que vão fazer o Encceja se preparam para as provas. Foto: Zayra Amorim/Iapen

Além das aulas de ensino regular, os detentos que vão fazer o Encceja contaram ainda com apostilas voltadas para o estudo das matérias que serão aplicadas no exame, é o que explica o diretor da Escola Fábrica de Asas, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Rio Branco, Juscelino Bandeira.

“O Encceja PPL é uma oportunidade importante e crucial para as pessoas privadas de liberdade. A escola tem ajudado, disponibilizando apostilas de estudo preparatório, assim como videoaulas, que são repassadas nas TVs que são instaladas nas salas de aula das unidades”, explicou o diretor.

Encceja PPL deve ser aplicado para mais de 1.500 detentos em todo o Acre. Foto: Lucas Manoel/Iapen

A chefe da Divisão de Educação Prisional do Iapen, Margarete Frota, explica a importância do exame para os privados de liberdade.

“O Encceja é a possibilidade de reconhecimento de habilidades e competências adquiridas ao longo da vida, que não são certificadas formalmente. Com isso, pode possibilitar a empregabilidade e acesso a níveis mais elevados de escolarização, no retorno ao convívio social, favorecendo a inserção produtiva desses sujeitos e prevenindo a reincidência de atos criminosos”, esclareceu ela.

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