Iapen e Defensoria Pública retomam projeto de leitura para pessoas privadas de liberdade

Entre as várias possibilidades que a leitura pode oferecer a alguém, a mais atrativa é a do exercício da imaginação. Ciente disso, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), em parceria com a Defensoria Pública do Estado (DPE), retomou o antigo projeto Libertando o Imaginário nesta segunda-feira, 13, na Unidade Penitenciária Antônio Sérgio Silveira, em Senador Guiomard.

Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e Defensoria Pública são parceiros no projeto. Foto: Bruno Firmino/DPE

A ação articulada visa gerar a ampliação das perspectivas individuais das pessoas privadas de liberdade e tem a potencialidade de transformar suas trajetórias sociais. 

“A parceria traz resultados positivos, a exemplo do projeto Presídios Leitores e demais programas. O intuito do Iapen é promover a  ressocialização, e o investimento em obras literárias na unidade é uma maneira de combater a ociosidade”, destacou o presidente do Iapen, Glauber Feitoza. 

O acesso à leitura traz a potencialidade de transformar realidades individuais e sociais. Foto: Bruno Firmino/DPE

O projeto foi idealizado pelo defensor público Eufrásio Moraes, que atua na DPE de Senador Guiomard. A política pública foi proposta em 2012, pelo juiz Márcio Bragaglia, da Vara Criminal de Joaçaba (SC).

Nesta edição do programa, dez pessoas compõem o grupo de leitores. Foto: Bruno Firmino/DPE

“Toda atividade educativa traz mudanças de comportamento e melhoras para o ser humano. Assim, o objetivo primordial desse projeto é transformar vidas, e é um diferencial no sistema penitenciário”, disse a chefe do Departamento de Reintegração Social do instituto, Liliane Moura.

Com obras clássicas da literatura, o Libertando o Imaginário cumpre muitas atribuições sociais para o apenado, que não estão resumidas na remição da pena pela leitura. O projeto amplia as habilidades de compreensão do mundo, além de desenvolver as habilidades de escrita e texto para a participação em processos e exames, como o Exame Nacional do Ensino Médio(Enem).

A leitura pode constituir um instrumento significativo para a ressocialização. Foto:Foto: Bruno Firmino/DPE

“Pretendemos promover a reflexão, e esse projeto de  leitura tem um alcance na mente e consciência das pessoas. Além disso, ele é capaz de trazer possibilidades e caminhos para mudar a vida dos custodiados”,  afirma o defensor Eufrásio Moraes.

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