Iapen apresenta polo moveleiro e fábrica de instrumentos musicais a magistrados de Rondônia e do Acre

O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de Rondônia (GMF), juntamente com o Tribunal de Justiça do Acre e GMF Acre, visitaram o polo moveleiro e a fábrica de instrumentos musicais do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) para conhecer os projetos de ressocialização que são desenvolvidos no local.

Além da oficina de luthieria, onde os detentos aprendem a fazer instrumentos musicais, o espaço também conta com uma fábrica de móveis, onde os próprios detentos, já profissionalizados, produzem móveis, decorações, e outros itens feitos de madeira.

Visita dos TJ Acre e Rondônia e GMF ao Polo Moveleiro. Foto: Antonio Moura/Iapen

O Iapen tem trabalhado em parceria com o Judiciário para garantir a continuidade desse e de outros projetos de ressocialização que são desenvolvidos no Acre, é o que explica Tiênio Costa, diretor operacional do Iapen: “Para a gente é bastante gratificante todo esse apoio do Judiciário e do GMF, que têm disponibilizado recursos e fortalecido cada dia mais essa parceria com o Instituto de Administração Penitenciária”.

Juíza Andréa Brito, desembargador José Jorge Ribeiro e Tiênio Costa visitaram as instalações do local. Foto: Antonio Moura/Iapen

O diretor ressaltou, ainda, que é importante a visita do GMF de Rondônia ao Acre, assim como a troca de experiências dos dois lados: “O GMF de Rondônia está vindo e buscando o que hoje é referência no nosso estado. Essa troca de práticas é essencial a nós também. O que tem dado certo em outros estados, tudo que é referência a outros estados, a gente tem que buscar trazer para a nossa realidade também”.

Desembargador José Jorge Ribeiro com miniatura feita pelo detentos. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

O desembargador José Jorge Ribeiro, integrante do GMF de Rondônia, explica que o trabalho de ressocialização desenvolvido no sistema prisional do Acre é uma forma de devolver a dignidade para as pessoas que estão privadas de liberdade: “Nós só conseguimos construir uma sociedade se tivermos dignidade, se nos sentirmos dignos de pertencer a essa sociedade. Só assim conseguimos construir. Aqui, as pessoas estão readquirindo a dignidade que haviam esquecido que tinham, e essa dignidade se adquire pela força do próprio trabalho. Quero dar parabéns a essa equipe toda, que tem incentivado e permitido que um trabalho dessa forma seja realizado”.

A desembargadora Regina Ferrari, presidente do TJAC, ressaltou a importância de que os detentos possam se profissionalizar e terem a chance de um recomeço: “Essa experiência aqui dos nossos reeducandos estarem aprendendo a fazer móveis, e agora com a fábrica de instrumentos musicais, muito colaborará  para que eles possam ter um novo começo, cumprindo suas penas com mais dignidade, saindo daqui para uma vida realmente melhor”.

Desembargadora Regina Ferrari, presidente do TJAC, e o desembargador José Jorge Ribeiro, durante visita ao polo. Foto: Antonio Moura/Iapen

A presidente do TJAC falou, ainda, de como esse compartilhamento de informações entre os estados é necessária: “A cooperação entre os tribunais é de suma importância. Hoje o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] nos anima para que sempre possamos fazer essa troca de experiências. O mundo só evolui se todos cooperarem”.

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