Com mais de uma centena de participantes ocorreu nesta terça-feira, 22, em Cruzeiro do Sul, o I Encontro Regional do Movimento Comunitário do Vale do Juruá. Caravanas de Rio Branco, Plácido de Castro, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Sena Madureira, Tarauacá e Feijó também prestigiaram o encontro, inclusive a presidente da Federação das Associações de Moradores do Acre (Famac), Terezinha Santos da Silva.
O presidente da União das Associações de Moradores de Cruzeiro do Sul, Expedito Ribeiro, depois de dar as boas vindas, apresentou uma lista de reivindicações do movimento comunitário de 25 bairros da cidade, feita após intensa pesquisa e consultas, abrangendo as áreas de educação, segurança, saúde, saneamento, água.
A Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN) apoiou a realização do encontro. O secretário da SEPN, José Carlos Reis, enalteceu a parceria estabelecida desde o início do atual governo entre a secretaria e o movimento comunitário de Cruzeiro do Sul, que identifica nos bairros as pessoas que serão capacitadas para montarem seus pequenos negócios.
O vice-prefeito de Cruzeiro do Sul, José Delmar Santiago, disse que algumas das reivindicações já estavam no planejamento da prefeitura e que haveria um esforço da prefeitura no sentido de captar recursos em Brasília e contato com parlamentares para que destinem recursos para atender aos pleitos.
O diretor do Instituto de Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac) no vale do Juruá, Cristiano Ferreira, citou os avanços da instituição: tendo iniciado em 2010 com dois cursos técnicos, o instituto tem hoje nove cursos técnicos e quatro cursos superiores, além de realizar cursos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec). De 72 alunos em 2010, o instituto tem hoje 750 e em breve vai ter um programa de mestrado. O Ifac também mantém parceria com a SEPN, relacionada aos cursos do Pronatec.
Respeito ao movimento comunitário
Muitos dos líderes participantes expressaram seus sentimentos em relação ao movimento comunitário. O sentimento comum é de que os presidentes de bairros passam por muitas dificuldades em suas gestões devido às muitas carências da população, pelas quais são cobrados, e devido à falta de apoio dos governantes.
O presidente da Associação dos Moradores do Remanso, José Maria Amorim, pediu que o governo estadual construísse casas populares no bairro e que a prefeitura passe o serviço de fornecimento de água para o Depasa.
O representante de Mâncio Lima, Tertuliano Silva, reclamou de que em seu município o movimento comunitário não tem apoio de ninguém. O presidente da União das Associações de Moradores de Sena Madureira, Raimundo Louro, disse que em sua cidade o movimento “só consegue alguma coisa por meio de protesto”.
Para o presidente da Associação de Moradores da Vila Santa Luzia, João Kelvin, o movimento comunitário de Cruzeiro do Sul passou a ter respeito por meio da Secretaria dos Pequenos Negócios. “A secretaria fortaleceu o movimento de Cruzeiro do Sul. Fomos nós que indicamos as famílias a serem beneficiadas por intermédio dos pequenos negócios e da parceria com o governo do Estado, o que transformou a vida de muita gente”, explica.
