Horticultura muda a vida de agricultores no Juruá

Com o apoio da Seaprof família de Mâncio Lima aumenta produção e sonha com novos mercados (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Com o apoio da Seaprof, família de Mâncio Lima aumenta produção e sonha com novos mercados (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Já se foi o tempo em que o cultivo de hortaliças estava associado à baixa produção e quase nenhuma geração de renda. Com o apoio do governo do Estado e com muita vontade de produzir, agricultores familiares do Juruá estão mudando a horticultura na região.

São histórias como da agricultora Maria José dos Santos. Moradora de Mâncio Lima, nos últimos dez anos é do cultivo da terra que ela sustenta sua família. Maria aposta na rotação de culturas para garantir a qualidade do solo e, independentemente da época do ano, ter sempre o que colher e comercializar.

É possível encontrar em sua horta plantação de pepino, cebolinha, alface, couve, repolho, tomate, pimenta-de-cheiro, maxixe, cheiro verde e pimentão.

Mas a qualidade do que é produzido na horta tem a ajuda da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). Todo o suporte de assistência técnica, desde o preparo da terra, a época certa para o plantio de cada produto e a colheita são acompanhados pela secretaria.

“Fazemos todo o acompanhamento da produção de hortaliças dos agricultores. Vocês estão comprovando aqui que um produtor familiar pode produzir bem em uma pequena área de terra”, enfatiza Valderclins Nascimento, técnico agrícola da Seaprof.

Apoio e aumento da produção

Outros dois programas de apoio à agricultura têm contribuído para a melhoria de vida dos produtores familiares de Mâncio Lima.

Por meio do Programa Mais Alimentos, linha de crédito que financia investimentos na produção primária, a produtora familiar conseguiu financiar um veículo. A expectativa é aumentar a produção e atingir novos mercados. “A gente tinha muita dificuldade para transportar nossa produção para outras cidades, como Cruzeiro do Sul, Feijó e Tarauacá. Agora, com esse carro que vai chegar nos próximos dias, eu vou produzir cada vez mais”, disse Maria José dos Santos.

O outro grande incentivo responsável pela empolgação da agricultora é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Durante todo o ano de 2014, Maria José comercializou com o que foi produzido em sua propriedade cerca de R$ 50 mil, que corresponde a uma renda bruta de mais de R$ 4 mil por mês. “Com o PAA e a ajuda da Seaprof, eu já pretendo comprar outra área de terra para aumentar minha produção”, afirma Maria José.