Haitianas fazem yoga para ajudar no equilíbrio

Tradutor ajudou na comunicação entre a professora e o grupo de haitianas (Foto: Assessoria SEPMulheres)
Tradutor ajudou na comunicação entre a professora e o grupo de haitianas (Foto: Assessoria SEPMulheres)

Tradutor ajudou na comunicação entre a professora e o grupo de haitianas (Foto: Assessoria SEPMulheres)

Céu azul, ar puro, equilíbrio, energia e meditação. Assim começou a manhã do domingo, 15, para haitianas alojadas no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco.

Preocupada com a saúde física e psicológica dessas mulheres, a secretária de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), Concita Maia, ofereceu uma aula de yoga ministrada, voluntariamente, pela professora Mara Couto.

“Estamos atentas em garantir o bem-estar dessas guerreiras. O que elas estão vivendo é uma mudança muito brusca. Não é fácil sair da sua terra, conviver com outra cultura totalmente diferente da sua. Entendemos que é um momento delicado para elas e queremos que se sintam acolhidas e amadas. Queremos transmitir paz e dar um pouco de sossego emocional”, disse Concita Maia.

Durante a aula, as 14 haitianas que participaram da atividade aprenderam técnicas de respiração para ajudar a acalmar o corpo e a mente. Maitri – nome espiritual da professora – ressalta a importância da prática do yoga. “A aula ajuda no controle dos ritmos respiratórios, proporcionando o domínio das emoções e ações do próprio corpo, que ao alterar os níveis de profundidade da respiração, possibilita a conquista de novos estados de consciência. O nosso corpo precisa de carinho. A gente precisa de equilíbrio na vida e o yoga nos favorece isso”, explicou Maitri.

O intérprete Marcelino, que também é haitiano mas fala fluentemente o espanhol e compreende perfeitamente o português, participou da atividade e ajudou Maitri a se comunicar com as mulheres. Durante a automassagem, exercício corporal que não requer o uso de cremes ou óleos e proporciona o relaxamento do corpo e da mente, eram proferidas a elas frases de autoestima. “Não baixem a cabeça, mantenham-na sempre erguida. Vocês são guerreiras da vida”, traduzia Marcelino.

Essa foi a primeira vez que as haitianas tiveram contato com o yoga. Magali, 28, ficou encantada com os exercícios corporais. “Estou me sentindo muito bem, muito mais tranquila. Espero participar outras vezes”, disse, sorridente.

“A nossa linguagem aqui é do amor. Mesmo que nós não entendamos a língua uma da outra, certamente sentiremos a energia do amor. Estou muito emocionada por essa oportunidade. Quero agradecer de coração à participação de todas vocês. Vim deixar aqui o meu carinho. Foi uma manhã sagrada”, afirmou a professora Maitri.

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