Hábitos saudáveis diminuem risco de Acidente Vascular Cerebral

Tabagismo e o sedentarismo são uns dos fatores de risco para AVC (Foto: Júnior Aguiar/Sesacre)
Tabagismo e o sedentarismo são uns dos fatores de risco para AVC (Foto: Júnior Aguiar/Sesacre)

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido por derrame, é considerado a principal causa de morte no Brasil e de sequelas incapacitantes em adultos no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A cardiologista Paula Mariano explica que a maioria dos casos pode ser evitada com a prevenção.

Além disso, o conhecimento básico por parte da população é fundamental para reduzir a mortalidade por essa causa.

“O AVC é uma doença grave, contudo, tem como prevenir. A adoção de hábitos mais saudáveis, como a prática de exercício físico e controle da pressão arterial, por exemplo, ajuda na prevenção”, ressaltou a cardiologista.

No Acre, dados do Sistema de Internação Hospitalar (SIH/SUS) apontam que em 2015 foram registradas 569 internações por AVC. Desses, 100 foram a óbito.

No primeiro semestre de 2016, os números somam mais de 320 internações e 55 óbitos. Mais da metade desses registros foram do sexo masculino.

O Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) é referência no atendimento de pacientes com AVC e conta com uma equipe de profissionais qualificados e especializados nesse tipo de atendimento, além de dispor de centro cirúrgico avançado e exames como ressonância magnética e tomografia, por exemplo.

Em 29 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate ao AVC. A data visa sensibilizar e esclarecer a população sobre a prevenção e os tratamentos dessa doença, que acomete pessoas de todas as idades, incluindo recém-nascidos.

: Dor de cabeça muito forte e pressão alta são sintomas que devem ser observados (Foto: Júnior Aguiar/Sesacre)
Dor de cabeça muito forte e pressão alta são sintomas que devem ser observados (Foto: Júnior Aguiar/Sesacre)

Diagnóstico rápido é essencial

A estudante Luzineide da Costa sofreu um AVC em 2014, quando se preparava para concorrer uma vaga no curso de medicina pelo Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

“Estava estudando havia horas, e não tinha levantado nem para ir ao banheiro. De repente, senti que meu braço e a perna esquerda estavam dormentes, mas achei que era cansaço e não dei importância. Continuei concentrada nos estudos, afinal, passar na prova era minha prioridade”, relatou Luzineide.

Ela conta que, no dia seguinte, quando acordou não conseguiu falar, e caiu ao tentar levantar.

“Minha irmã foi quem me ajudou. Ela havia lido sobre os sintomas do AVC e fez os testes comigo. Acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência [Samu] e me levaram ao Pronto-Socorro. De imediato, fui medicada e encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva, onde passei quatro dias”, descreveu a estudante.

Hoje, dois anos depois, Luzineide ainda faz fisioterapia para recuperar totalmente os movimentos e reaprender a escrever e a falar.

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