Grupo temático da Abrasco faz reunião no Acre

Estudos do grupo de Saúde e Meio Ambiente vão embasar trabalho do Instituto Evandro Chagas no Estado

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As discussões do grupo temático da Abrasco podem subsidiar o trabalho do Instituto Evandro Chagas, uma referência no Brasil pelas pesquisas em saúde pública que realiza há mais de 70 anos (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Como o meio ambiente pode interferir na saúde humana e como estruturar formas de dar respostas aos problemas de saúde que o meio ambiente pode trazer? E a Amazônia é toda igual ou os Estados têm características diferentes? São questões como essa que o grupo temático Saúde e Meio Ambiente, da Associação Brasileira de Pós Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), discute. E a última reunião dessa comunidade científica foi realizada em Rio Branco, a convite do Instituto Evandro Chagas (IEC), que instalará uma sede no Acre no primeiro semestre deste ano.

As discussões do grupo temático da Abrasco podem subsidiar o trabalho do Instituto Evandro Chagas, uma referência no Brasil pelas pesquisas em saúde pública que realiza há mais de 70 anos. Segundo a diretora do IEC, a instituição já vem há mais de um ano em negociação e trabalho para instalar uma sede em Rio Branco, graças à articulação do então senador Tião Viana.

“Trouxemos a reunião para o Acre para mudar o foco do olhar sobre a Amazônia. O Acre é um Estado que faz fronteira com dois países, que tem uma geografia diferente por conta de seus rios. É diferente do que a gente tem de tradicional na Amazônia. E discutindo a partir dessa visão a gente pode trazer elementos para ajudar as pesquisas do Instituto Evandro Chagas aqui”, explicou o diretor do grupo, Nelson Gouveia.

Para o governador Tião Viana, é uma honra o Acre sediar uma reunião da Abrasco. “Acompanho o trabalho da Abrasco desde que entrei na faculdade. Fico muito feliz com a presença de vocês aqui. Nós temos questões que precisam ser discutidas, como as nossas fronteiras e limites. A cobertura vacinal dos irmãos peruanos e bolivianos é muito baixa e o que nos separa são apenas rios estreitos. Temos pacientes de Ipixuna que passariam pelo menos 15 dias para chegar a um hospital no Amazonas e por isso vêm para cá. Há a demanda, mas não há uma discussão sobre isso.”

A diretora do Instituto Evandro Chagas, Elizabeth Santos, explica que a vinda do IEC para o Acre vai beneficiar não só o estado, mas todo o Brasil. “As pesquisas que serão desenvolvidas aqui são de extrema importância para a saúde pública e vão beneficiar a todos. Materiais que são enviados para o Pará ou outros Estados poderão ser estudados aqui. Vai mudar muita coisa”, disse.

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