A segurança institucional que o Acre oferece aos investidores e à política ambiental reconhecida mundialmente que o Estado tem desenvolvido nos últimos 14 anos foram os fatores que chamaram a atenção do Grupo Orsa, um dos maiores grupos de manejo florestal e reflorestamento do Brasil. Os investidores estão em Rio Branco para discutir projetos sustentáveis e conhecer in loco algumas iniciativas acreanas.
O senador Jorge Viana e o secretário adjunto de Desenvolvimento Florestal, Indústria e Comércio (Sedens), Fábio Vaz, acompanham a agenda dos investidores, que se reuniram na tarde desta sexta-feira, 13, com o governador Tião Viana. “Todo o trabalho que o governador e seus antecessores fizeram começa a dar frutos agora. O trabalho desenvolvido aqui, caso os negócios que estamos estudando se viabilizem, vai atrair muitos investidores para o Estado”, disse Eric Bettelheim, do Grupo Floresta, criado por investidores privados voltados para programas de carbono florestal, que também integra o grupo que está no Acre para discutir novos investimentos.
O presidente do Grupo Orsa, Sérgio Amaroso, estuda uma proposta de unir as grandes madeireiras da Amazônia numa única companhia brasileira para ganhar força nas negociações com o mercado internacional e garantir o melhor preço nos produtos. “Estamos de olho no Acre há algum tempo e temos acompanhado os projetos do Estado, que tem uma segurança institucional e uma trajetória que nos fazem pensar em projetos de longo prazo”, disse. Também estão sendo discutidas outras ações de desenvolvimento sustentável e fontes de energia limpa.
“Estamos discutindo investimentos para o setor e o potencial florestal acreano. O Grupo Orsa é o maior manejador de madeira sustentável no Brasil, e o que está faltando para o Acre são investimentos do setor privado porque o governo já organizou tudo, já criou uma política ambiental, fez sua parte em infraestrutura”, disse o senador Jorge Viana.
Sobre os grupos Orsa e Floresta
O Grupo Floresta de empresas foi criado em 2010 por investidores privados para projetar, financiar e desenvolver dois programas maiores do mundo de carbono florestal – um na Indonésia e outro no Brasil. O objetivo é demonstrar que o investimento do setor privado pode melhorar a vida local, conservar serviços ambientais florestais e atingir retornos atraentes por meio de uma abordagem integrada que liga silvicultura comercial, energia de biomassa, melhoria da agricultura e de créditos de carbono e deslocamentos.
A Orsa Florestal desenvolve, desde 2003, o manejo florestal sustentável com espécies nativas da Floresta Amazônica. Para tanto, utiliza o sistema de “Colheita de Baixo Impacto”, que tem como característica principal o planejamento detalhado das atividades de colheita florestal. Este visa a extração da madeira nativa com a máxima eficiência e segurança e com o menor impacto ambiental possível. Fundada em 2003 e com sede na região do Vale do Jari, no Pará, tornou-se referência global pelo desenvolvimento do manejo florestal sustentável em 545 mil hectares da Amazônia, onde são aplicadas técnicas de baixo impacto que permitem conciliar o uso da floresta com sua preservação.