Gravado no Acre, filme de cineasta argentino é lançado no Festival Pachamama

A equipe de produção e atores do filme era, em sua maioria, composta por acreanos (Foto: Ramon Aquim/Pachamama)

Ambientado em Rio Branco, o filme “Cícero Impune”, do diretor argentino José Celestino Campusano, foi lançado nacionalmente na noite de quinta-feira, 23, no Cine Teatro Recreio, dentro do Festival Pachamama – Cinema de Fronteira, evento que está sendo realizado na capital acreana desde o último dia 18.

Com produção totalmente acreana, o longa-metragem foi pensado durante visita do cineasta ao Acre em 2015, e colocado em prática em 2016, em uma co-produção Brasil e Argentina. Cerca de 27 pessoas trabalharam no projeto, entre atores e equipe de apoio.

“Eu nunca tinha atuado, e de repente fui convidado e me surpreendi. Há filmes que falam sobre a China, França, e esse fala sobre Rio Branco, pois ficou bem nesta linha de uma leitura da cidade”, diz Leonardo Lessin, ator participante do filme.

Ao todo, foram um mês de pré-produção, oito dias de gravação e dois meses de pós-produção. Entre as locações, estavam o Novo Mercado Velho, a Universidade Federal do Acre (Ufac), bairros de Rio Branco e casas cedidas por apoiadores.

“Fico muito feliz e grato por ter feito parte desta iniciativa. Isso é a prova de que é possível, sim, fazer cinema de qualidade no Acre”, disse o cineasta acreano e produtor do filme, Rodrigo Oliveira.

A diretora-presidente da Fundação Elias Mansour, Karla Martins, destaca a importância desse projeto para o cenário cultural acreano.

“A maior parte da equipe que participou da produção do filme era de formandos do curso de audiovisual da Usina de Arte João Donato. Para eles, participar de uma iniciativa como essa, trabalhar ao lado de um renomado diretor internacional, é grande e enriquecedor”, afirma.

Sobre o filme

“Cícero Impune” conta a história de um feiticeiro que abusa de mulheres, porém, certo dia, o namorado de uma das moças que foi vítima decide se vingar do homem. O longa de 60 minutos traz em seu enredo questionamentos importantes sobre o abuso contra as mulheres e o silenciamento delas.

A obra cinematográfica foi exibida em abril de 2017, no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires (Bafici), na Argentina.

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