Gratidão é a palavra do meu coração

No livro “O Círculo dos Mentirosos – Contos Filosóficos do Mundo Inteiro”, o roteirista e escritor francês Jean-Claude Carrière nos traz um relato hassídico que conta que, ao se aproximar do fim da vida, o rabino Zousya pronunciou estas palavras:

– No mundo que vem por aí, a pergunta que vão me fazer não é: por que não foi Moisés? Não. A pergunta que vão me fazer é: por que não foi Zousya.

Trazendo pra mim a interpretação do mestre judaico, se um dia me perguntarem do outro lado da vida quem fui eu, uma coisa será tão certa quanto encaixar um dedo no buraco do nariz: não vou ter medo de dizer que fui Saab, um repórter entusiasta das boas histórias.

De umas duas décadas para cá, meu coração só se enche de gratidão a Deus, à família e às pessoas, pelo que sou e pelo que faço, independentemente de resultados.

E a noite da última sexta-feira, 13, a 10ª edição do Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) foi um desses momentos de eu reconhecer que tão importante quanto vencer é agradecer por ter estado entre os três primeiros lugares.

Em Cruzeiro do Sul, brincando de música com o repórter e editor de vídeo Pedro Devani, na bateria; pauta sobre o projeto Musicalizando Pessoas Com Amor e Carinho originou reportagem finalista do prêmio do MPAC (Foto: Marcos Vicentti/Secom)

E esta gratidão se estende às pessoas que me querem feliz além do seio familiar. É assim que desde o início me tratam, por exemplo, Juan Diaz, Mágila Campos, Marcio Ferreira, Bruno Damasceno e Bete Oliveira. E também Kelly Souza, Eduardo Duarte, Ulisses Lima, Nira Oliveira e Tiago Teles, servidores do MPAC que me acolheram com o carinho e o respeito que muitas vezes não tenho dos próprios colegas de trabalho.

Como sempre, a festa do Parquet acreano foi linda. Permeada de amor em cada detalhe. Muito bem organizada, aliás, como já observo ao longo dos seis anos em que participo. Em 2015, no primeiro ano que concorri, obtive o 3º lugar. Já nos anos seguintes, em 2016 e em 2017, o prêmio estabeleceu que todas as categorias concorriam entre si. E então, levei os primeiros lugares de impresso (2016), e de web, (2017), concorrendo de igual para igual com TV, rádio, jornal impresso e sites de internet. Uma façanha e tanto, considerando a qualidade dos trabalhos dos colegas concorrentes e do quanto é dinâmico o jornalismo televisivo, por exemplo. Em 2018, veio o 1º lugar na categoria impresso, assim como em 2019, no webjornalismo.

Dos doze prêmios conquistados nos últimos cinco anos, cinco vieram do Ministério Público e estão na minha estante, neste momento, “olhando pra mim”, graças também ao auxílio de profissionais espetaculares como os repórteres fotográficos Odair Leal e Juan Diaz e diagramadores como Antônio José de Souza, o ‘Cabeça’, Tiago Daniel, Henrique Santos e Adaildo Neto.

Na noite desta sexta, ao ver meu nome novamente como finalista entre grandes profissionais: Janine Brasil (G1AC) e Luís Adorno (UOL), agradeci a Deus. Merecidamente, venceu Janine,

Mas principalmente, ganhou o jornalismo acreano, que ao contrário do rabino Zousya, que abre este artigo, não está próximo do fim, mas constantemente se reinventando e tornando-se cada vez mais profissional. Graças a Deus por isso!

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