Governo recebe visita técnica do Ministério da Saúde para avaliação e monitoramento da doença falciforme

O governo do Acre, por meio da Secretaria Saúde (Sesacre), está em processo de avaliação e monitoramento da doença falciforme (DF) e recebe, nesta quarta e quinta-feira, 17 e 18, a visita técnica de representantes da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde (MS). A iniciativa, realizada em parceria com o Departamento de Atenção Especializada da Sesacre, visa fortalecer e organizar a assistência à saúde da população que sofre com a enfermidade, que é genética e hereditária.

Iniciativa visa fortalecer assistência à saúde da população que sofre com a doença falciforme. Foto: Odair Leal/Sesacre

A DF é caracterizada por uma mutação no gene que produz a hemoglobina, resultando na formação de uma hemoglobina mutante denominada S (HbS), que é de herança recessiva. Existem outras variações dessa mutação, como C, D, E, entre outras, que, em conjunto com a S, formam o grupo conhecido como doença falciforme. A anemia falciforme é uma das formas mais conhecidas (HbSS), com manifestações clínicas e hematológicas específicas.

“Temos trabalhado em estreita colaboração com os estados e municípios”, ressaltou Miranete Arruda, técnica da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde. Foto: Odair Leal/Sesacre

Miranete Arruda, médica sanitarista e técnica da CGSH do MS, destacou a importância do encontro: “Desde o ano passado, com a nova gestão do Ministério da Saúde, temos trabalhado em estreita colaboração com os estados e municípios, para reestruturar políticas e fortalecer a assistência à saúde, especialmente para pessoas com doença falciforme. Este evento marca o início de um trabalho mais ativo, iniciando-se pelo Acre e seguindo em visita aos outros estados da Região Norte. Nosso objetivo é apoiar as ações desenvolvidas pelos estados, contribuindo para o fortalecimento das competências das secretarias estaduais de saúde”.

A programação da visita inclui reuniões com equipes técnicas estaduais e visitas às unidades estaduais. Representantes da Sesacre, do hemocentro e profissionais de saúde de diversas áreas também estão presentes, fortalecendo o acesso e a qualidade do atendimento a esses pacientes no estado.

“Temos cerca de cem pacientes cadastrados, mas acreditamos que há muitos mais, que ainda não foram identificados”, informa Tereza Pinheiro, gerente-geral do Hemoacre. Foto: Odair Leal/Sesacre

Tereza Cristina Pinheiro, médica hematologista e hemoterapeuta responsável pela Gerência-Geral do Hemoacre, centro de hematologia e hemoterapia do Estado, ressaltou a relevância da iniciativa. “A doença falciforme é crônica e requer uma política de atenção integral. Estamos trabalhando para construir um fluxo de atendimento abrangente, que inclui questões ambulatoriais, de emergência, assistência farmacêutica e hemoterápica. Atualmente temos cerca de cem pacientes cadastrados, mas acreditamos que há muitos mais, que ainda não foram identificados”, informa.

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