A Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Acre (SEE), por meio do Departamento de Educação de Jovens e Adultos (EJA), realizou na noite desta segunda-feira, 4, no auditório da Universidade Estácio-Unimeta, em Rio Branco, a abertura do seminário “EJA em foco: desafios e oportunidades na construção de políticas para a modalidade” O evento se estende até quinta, 7.
Da solenidade de abertura participaram o secretário adjunto de Ensino, Sebastião Flores; o chefe do Departamento de EJA da SEE, Jessé Dantas; a diretora de Ensino, Gleice Souza; a representante do Conselho Estadual de Educação (CEE), Maria de Fátima Miranda; e o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), Moises Diniz.
Entre os objetivos do evento está a promoção de debates sobre estratégias e ações voltadas para o fortalecimento da EJA no Acre, criando espaços de diálogo e reflexão sobre os desafios e oportunidades que envolvem essa modalidade de ensino.
Para Jessé Dantas, o seminário é fundamental para trazer ao debate pontos da alfabetização de jovens e adultos. Segundo ele, o Estado tem, atualmente, em torno de 245 mil pessoas que ainda não concluíram o ensino médio e 70 mil que ainda não se alfabetizaram.
“Este é o momento de construção de debate, de olhar para os desafios e o nosso olhar, como secretaria, é o fortalecimento da educação de jovens e adultos. Esse seminário vem em um momento em que precisamos avançar, pois estamos olhando para todos os ambientes, rurais, urbanos, ribeirinhos e até mesmo o de privação de liberdade”, afirmou.
Dantas destacou ainda que 2024 foi o primeiro ano em que o governo do Estado investiu na inclusão de cursos profissionalizantes para alunos que estão privados de liberdade. “Isso foi um avanço para a SEE e para o sistema prisional e esse seminário vem fechar um documento que desde 2008 não era discutido e nem revisto; agora estamos elaborando esse documento”, informou.
A partir dos debates do seminário, o governo do Estado define metas e estratégias para combater o analfabetismo até 2026. “São metas a longo prazo e estamos olhando para os nossos documentos normativos, como o Plano Estadual de Educação e o Plano Nacional de Educação”, detalhou.
O secretário adjunto Sebastião Flores frisou que o seminário é o momento para discutir e adquirir conhecimento, qualificando as funções da alfabetização estadual como reparadora, equalizadora e qualificadora. “Vamos dar o apoio necessário para que essas metas se realizem”, disse.
A professora Valdinéia Machado, que é coordenadora pedagógica da Escola Antônia Fernandes, localizada no bairro Santa Inês, na capital, destacou a importância de participar do debate. “Essa discussão é de fundamental importância para a gente conhecer esses jovens, esses adultos que estão fora da idade escolar”, destacou.
“Ainda existem muitas falhas e muitos desafios a serem superados, então quando se debate, sobretudo as especificidades de cada município, de cada escola, a gente chega mais perto de um denominador, que é uma educação de qualidade e que de fato vai suprir as necessidades dessa clientela”, afirma.
Para o estudante Alysson da Silva, da Escola Raimundo Gomes, localizada no Conjunto Tucumã, participar do seminário está sendo uma experiência muito boa. Concludente do ensino médio, pretende se inscrever para concursos. “Estudar é importante para a vida e a EJA já me ajudou a abrir portas”, contou.