Alunos indígenas estudando sobre o tema “Atuando na Promoção da Saúde”, para contribuir com as suas comunidades (Foto: Tamara Smoly/IDM)
O governo do Estado, por meio do Instituto Dom Moacyr (IDM), realiza a formação de Agentes Comunitários Indígenas de Saúde (Acis) para qualificar profissionais do Distrito Especial Indígena da região do Alto Rio Purus, totalizando sete polos com a formação de 98 agentes de saúde.
O objetivo é capacitar os indígenas que já atuam em suas comunidades na área da saúde para que possam desenvolver a prevenção de doenças de maneira mais efetiva. Os Acis atuam na prevenção de doenças e agravos, realiza visitas em domicílios, acompanhamento para tratamento médico e encaminhamento de pacientes às unidades de saúde e de tratamento hospitalares.
A formação contempla região do Alto Rio Purus com as etnias Kulina-Madjá, em Manoel Urbano; Kaxinauwá, em Santa Rosa do Purus; Manchineri e Jaminauwa, em Assis Brasil; Apurinã, Jamamadi e Kaxarari, em Boca do Acre, no Amazonas; Paueni, Extrema de Rondônia e Sena Madureira.
O curso, que teve início em julho de 2012 – com término previsto para o primeiro trimestre de 2014, foi dividido em três eixos de 200 horas. Neste período está ocorrendo o segundo eixo sob a temática “Atuando na Promoção da Saúde”. As atividades são realizadas no município de Plácido de Castro, sob a mediação da enfermeira Adrina Nascimento.
Os indígenas trazem conhecimentos e práticas de saúde da vivência em suas comunidades, cujo objetivo da formação é fortalecer a medicina tradicional indígena dialogando com a medicina do não índio.
“Nosso governador Tião Viana tem ajudado muito o povo indígena”, disse o Agente Indígena de Saúde, Antonio Jaminawa (Foto: Tamara Smoly/IDM)
A formação tem como parceiros o Ministério da Saúde, Governo do Estado, Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
O aluno Antonio Jaminawa, morador da aldeia Igarapé, em Sena Madureira, disse que a formação serve para a aquisição de mais conhecimento sobre saúde e que isso poderá ajudar ao seu povo. “A gente já aprendeu a cuidar da água com o cloro, pesar crianças, orientar os parentes quando estão com diarreia, usando também a medicina indígena, com ervas e chás. Nasci e me criei na aldeia, lá é bom, a gente se alimenta da caça e da pesca, da banana, macaxeira, cana, tudo natural. Não tenho vontade de morar na cidade. O nosso governador Tião Viana, tem ajudado muito o povo indígena”, explana Antonio.
Segundo o diretor-presidente do IDM, Marco Brandão, “o governo do Acre tem empenhado grande esforço para beneficiar os indígenas, com especial atenção à saúde, para a melhoria da qualidade de vida das comunidades em todo o Estado”.