Com o tema “Acre sem fome, com garantia de direitos, comida de verdade, democracia e equidade”, a 5ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar iniciou nesta segunda-feira, 30, no auditório da escola técnica Maria Moreira da Rocha.
A conferência, que tem por objetivo discutir, avaliar e apresentar novas proposições rumo à consolidação da Política Estadual de Segurança Alimentar no Acre, com base nas deliberações das conferências já realizadas e o 1° Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, é realizada pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH).
A secretária Maria Zilmar da Rocha parabenizou os conselhos e a organização do evento e destacou que “é por meio da boa alimentação que teremos um cidadão ajustado dentro do impacto crítico, condicionado na melhoria da educação e da saúde”.
Com a realização da conferência, o Estado completa a reativação dos principais instrumentos do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), que são: o Consea/AC, a Caisan/AC e as conferências.
O presidente do Consea/AC, Ronaldo Teles, explicou que já foram realizadas as conferências municipais em todo o Acre, sendo essa a segunda etapa: “Nós estamos aqui para a segunda etapa das conferências. A primeira foi composta pelas conferências municipais e a terceira etapa será a conferência nacional”.
Uma das participantes da conferência, a articuladora da Câmara Temática dos Povos Originários no âmbito de Rio Branco, Xiu Shanenawa, conta que “a segurança alimentar é importante para toda a sociedade, porque trata sobre uma alimentação sem agrotóxicos, logo que a maioria dos alimentos que ingerimos são embutidos, e com inúmeros produtos inseridos neles”.
Ainda segundo Xiu, sua comunidade possui uma horta, chamada “Horta Viva”, onde são colhidos e produzidos alimentos de forma sustentável e sem agrotóxicos, “que acabam gerando renda para a comunidade. Eu acredito que a partir desse fórum, eles possam também incentivar uma renda produtiva dentro do território, dentro da sua comunidade, o seu local, seja onde for”, explica a articuladora.
Na conferência são debatidos três eixos temáticos propostos pelo Consea/Nacional e suas diretrizes sendo eles:
Eixo 1. Determinantes Estruturais e Macrodesafios para a soberania e Segurança Alimentar e Nutricional;
Eixo 2. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e políticas públicas garantidoras do direito humano à alimentação adequada e;
Eixo 3. Democracia e Participação Social.
A 5ª Conferência Estadual busca também aprovar o Regimento Interno, por meio de delegados que têm direito ao voto. Ao final da plenária, serão escolhidos 27 delegados para a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, composta por representantes da sociedade civil e governo.
Também esteve presente o gestor adjunto da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), Edvan Azevedo, que falou sobre o papel da pasta na segurança alimentar: “Segurança alimentar e nutricional tem tudo a ver com o produtor rural, para assim o consumidor ter mais oferta de alimentos de qualidade. E é da Seagri que sai a aplicação da política pública junto aos produtores rurais para produzir o alimento para a nossa população. A conferência é importante para o estado, porque são debatidos assuntos inerentes à segurança alimentar e nutricional”, destacou.
Representantes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), da Companhia Nacional de Abastecimento de Alimentos (Conab) e outros também participaram.
A programação da 5ª conferência se estende até a terça-feira, 31, das 8h às 12h.