Governo promove capacitação para dar resposta rápida a eventos climáticos extremos

A capacitação contou com a participação de 22 técnicos oriundos das principais cidades acreanas (Foto: Assessoria Sema)

A capacitação contou com a participação de 22 técnicos oriundos das principais cidades acreanas (Foto: Assessoria Sema)

O governo do Acre, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA), acaba de finalizar mais uma capacitação visando articular resposta rápida e adequada às enchentes e incêndios florestais. O Curso de Meteorologia Básica e Aplicações para o Monitoramento do Tempo está sendo realizado entre os dias 5 e 12 de abril na UCEGEO/Funtac, e conta com a participação de 22 técnicos oriundos das principais cidades acreanas, envolvendo instituições como o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Sema, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDS) e UFAC.

Para o secretário Estadual de Meio Ambiente, Edegard de Deus, o curso é relevante por ensinar a interpretar as informações técnicas coletadas pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos(CEPETEC/INPE) e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), traduzindo-as para os gestores e também para a sociedade. “Além de formar técnicos provenientes dos diversos municípios do estado para dar respostas rápidas aos eventos climáticos extremos, o curso também os prepara para que façam a tradução destas informações para a sociedade, de forma precisa e consistente,” afirma.

O curso em andamento: interpretando gráficos e dados técnicos complexos para disponibilizar informações confiáveis à sociedade(Foto: Assessoria Sema)

O curso em andamento: interpretando gráficos e dados técnicos complexos para disponibilizar informações confiáveis à sociedade(Foto: Assessoria Sema)

O curso foi idealizado através de uma parceria entre o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) e a Sema, com a intenção de capacitar membros de diversas instituições ligadas ao monitoramento e também desdobramentos de eventos climáticos críticos, comuns no estado. Luis Alves dos Santos Neto, meteorologista do SIPAM/Porto Velho, foi encarregado de ministrar o curso, que contou com carga horária de 20hs. “O objetivo foi o de melhorar a qualidade de nossos alertas. Deste modo, nos antecipamos aos eventos críticos e evitamos catástrofes” conclui.

Além do curso de Meteorologia Básica, a capacitação envolveu a Análise do Sistema de Banco de Dados, da Agência Nacional de Águas (ANA), que mede a quantidade de chuvas e o nível e vazão dos rios através das estações hidrometeorológicas, verificando, em resumo, como os rios estão se comportando durante as estações chuvosa e seca. Unindo as informações meteorológicas – obtidas por satélite – com as informações das estações pluviométricas instaladas nas margens dos principais rios acreanos, é possível realizar análises mais completas e também mais rápidas.

Imagem de Satélite - Acre

Imagem de Satélite – Acre

O Major do Corpo de Bombeiros James Gomes, atualmente à disposição da Sema na Unidade de Situação (UCEGEO/FUNTAC), explicou como é o funcionamento da sala onde toda as informações ligadas aos eventos climáticos do estado são processadas.

“Nosso papel aqui é gerar informações para subsidiar os trabalhos da Defesa Civil Estadual e Municipal. Geramos boletins diários, através dos dados coletados nas estações hidrometeorológicas, que são repassados para a Defesa Civil que, em caso de eventos críticos, passa a ter subsídios para dar alertas à população. Também alimentamos o sistema Cotas Online, disponibilizando os dados dos níveis dos rios em tempo real na internet. Além destes serviços, também fazemos o monitoramento do clima e do tempo”.

coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Gundim também avalia o curso com bons olhos. Segundo ele a iniciativa é muito importante para a Defesa Civil do Estado. Dois sargentos e um tenente do Corpo de Bombeiros estão entre os participantes do curso. “É agora possível, por exemplo, sabermos antecipadamente se em Rio Branco há possibilidade de enchente, ao avaliarmos a quantidade de chuvas precipitadas sobre Assis Brasil ou nas cabeceiras do Riozinho do Rola, que é um afluente do Rio Acre. Todo este conjunto de leituras nos dará um mapeamento mais preciso do comportamento dos rios. Existe ainda a leitura de imagens por satélites no verão, onde também podemos localizar os focos de incêndio”, conclui.

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