A insistência de algumas famílias em continuar dentro de casa, mesmo em áreas alagadas, levou o Ministério Público do Estado do Acre (MPE), representado pelos promotores Almir Branco e Francisco Maia, e o juiz da Vara da Infância e da juventude, Romário Divino, a propor uma ação conjunta com o Governo do Estado do Acre no sentido sensibilizar os pais sobre a necessidade de retirar seus filhos menores das áreas de risco.
Na manhã desta quarta-feira, 22, no gabinete do governador, eles apresentaram ao Estado a preocupação com a integridade física dos menores e solicitaram auxílio da primeira dama do Estado e coordenadora do Acre Solidário, Marlúcia Cândida, no sentido de sensibilizar as famílias.
“Vamos trabalhar para que estas crianças, que estão expostas a vários riscos, como afogamento, picadas de cobras e insetos, por exemplo, estejam em segurança.”, explica. A reunião, que contou com a participação de representantes do Lions Clube e do Rotary Clube, e integrantes da equipe de governo, definiu como se dará a ação de sensibilização das famílias.
Segundo o promotor Francisco Maia, a ideia é conscientizar as famílias que continuam nas áreas de risco sobre o perigo a que estão expondo as crianças e adolescentes. “Este será um trabalho de conscientização de sensibilização. Temos o papel de proteger os interesses dos menores que se encontram em situação de vulnerabilidade, seja nos abrigos ou nas suas casas”, defende.
O juiz da Vara da Infância e da Juventude, Romário Divino, foi ainda mais enfático e disse que a sensibilização é um primeiro passo, mas que, caso não as famílias se recusem a sair da área, medidas mais enérgicas deverão ser tomadas. “A criança precisa de proteção e se necessário for estaremos tomando medidas judiciais para esta proteção. Temos que preservar a integridade dos menores”, garante.